Dados do Trabalho


Título

Impacto da Circulação Extracorpórea na Revascularização do Miocárdio: Uma Revisão Sistemática com Metanálise

Resumo

Introdução: A revascularização do miocárdio(CRM) é uma cirurgia comum em todo o mundo, realizada para reestabelecer o fluxo sanguíneo no coração em casos de estreitamento dos vasos coronarianos. No entanto, ainda há controvérsias sobre qual abordagem cirúrgica seria mais eficaz, com ou sem circulação extracorpórea(CEC). Objetivo: Esta revisão buscou avaliar a abordagem mais eficaz, com ou sem circulação extracorpórea, considerando desfechos relevantes como mortalidade, infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC). Metodologia: Para esta revisão sistemática com metanálise, foram consultadas as bases de dados PubMed, SciELO e LILACS. O protocolo PRISMA foi seguido para garantir a qualidade da revisão. Além disso, a avaliação da qualidade dos estudos foi realizada utilizando a Escala de NOS, enquanto o viés de publicação em estudos observacionais foi analisado com a ferramenta ROBINS-I, ademais, a metanálise foi realizada pelo software R versão R-4.3.3. Resultado e Discussões: A análise dos cinco estudos observacionais envolveu um total de 15.530 participantes (7.665 no grupo com CEC e 7.665 no grupo sem CEC) revelou resultados interessantes. Para o desfecho de mortalidade, com um Odds Ratio (OR) de 1,26 (IC 95%:0,87 a 1,83, p = 0,22), sugerindo que a escolha entre CRM com ou sem CEC não influenciou de forma significativa a mortalidade. No que diz respeito ao infarto agudo do miocárdio (IAM), também não houve diferença significativa entre os grupos, com um OR de 1,0 (IC 95%:0,52 a 1,91, p = 1,0). Contudo, para o desfecho de AVC, houve uma diferença significativa, com o grupo sem CEC apresentando um risco aumentado de AVC em comparação com o grupo com CEC (OR 1,93, IC 95%:1,02 a 3,65, p = 0,04). Conclusão: Com base nos resultados desta revisão, a cirurgia de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea (CEC) não demonstrou influenciar significativamente a mortalidade ou o risco de infarto agudo do miocárdio (IAM), mas foi associada a um maior risco de acidente vascular cerebral (AVC) em comparação com a cirurgia sem CEC. Esses achados ressaltam a importância de uma avaliação cuidadosa dos benefícios e riscos ao decidir sobre a abordagem cirúrgica para revascularização do miocárdio. Recomenda-se que futuras pesquisas se concentrem em identificar estratégias para mitigar o risco de AVC associado à CEC e em realizar ensaios clínicos randomizados para confirmar esses resultados e orientar as práticas clínicas.

Palavras Chave

Revascularização; Circulação extracorpórea; Acidente vascular cerebral

Arquivos

Área

CIRURGIA CARDIOVASCULAR

Categoria

Iniciação Científica

Autores

RAFAEL AGUIAR MAGALHAES , Edson Abadias Macedo Neto, Ashley Nicole Worthington Ribeiro Carter