Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS TRANSTORNOS DE CONDUÇÃO E DAS ARRITMIAS CARDÍACAS NA POPULAÇÃO INFANTOJUVENIL BRASILEIRA ENTRE 2017 E 2023.

Resumo

Introdução: Os transtornos de condução e as arritmias cardíacas (TCACs) são caracterizados por alterações na formação e na condução do impulso elétrico do coração, repercutindo no seu ritmo e, por consequência, no suprimento sanguíneo do organismo. No Brasil, essas condições atingem variadas parcelas sociais, incluindo crianças e adolescentes, geralmente devido a cardiopatias congênitas ou a alterações hemodinâmicas. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos TCACs na população infantojuvenil brasileira entre 2017 e 2023. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo, a partir de dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) referentes às internações por TCACs nas faixas etárias até 19 anos entre 2017 e 2023. As variáveis analisadas foram: região, ano de processamento, sexo, faixa etária e mortalidade. Resultados: Foram registradas 15.055 internações por TCACs na população infantojuvenil brasileira entre 2017 e 2023, sendo a maior incidência no Sudeste, com 6.587 (43,75%), seguido pelo Sul, com 3.493 (26,20%), e pelo Nordeste, com 2.642 (17,54%). O ano predominante foi 2019, com 2.489 casos (16,53%), seguido por 2023, com 2.343 (15,56%), e por 2018, com 2.242 (14,89%). Quanto ao sexo, destacou-se o masculino, com 8.370 pacientes (55,59%). Predominou a faixa etária de 15 a 19 anos, com 5.008 pacientes (33,26%), seguida pela de 10 a 14 anos, com 3.252 (21,60%), e pela abaixo de 1 ano, com 2.521 (16,74%). A taxa de mortalidade total registrada foi de 11,40%, destacando-se nas idades de até 1 ano, registrada em 19,28%, seguida pela faixa entre 1 e 4 anos, em 16,86%. Conclusão: Percebe-se que o Sudeste apresentou uma maior quantidade de internações nesse período, a qual pode ser relacionada à maior população infantojuvenil dessa região em relação às demais do país. No decorrer do tempo, não houve grandes variações entre os anos analisados, sendo 2019 o de maior ocorrência. O sexo de maior acometimento foi o masculino. A maior incidência foi na faixa etária de 10 a 19 anos, no entanto, a mortalidade foi mais acentuada na faixa de até 4 anos, possivelmente em razão dos óbitos advindos de cardiopatias congênitas nos primeiros meses ou anos de vida. Assim, ressalta-se a importância da elaboração de novos estudos e de políticas públicas em saúde acerca do tratamento eficaz e da melhora da qualidade de vida da população infantojuvenil afetada pelos TCACs.

Palavras Chave

Transtornos de Condução e Arritmias Cardíacas; População Infantojuvenil; Perfil Epidemiológico.

Área

ARRITMIAS CARDÍACAS/ ELETROFISIOLOGIA/ ELETROCARDIOGRAFIA

Categoria

Iniciação Científica

Autores

MATHEUS LOPES BITAR MESQUITA, DUDA ROSSY FIGUEIREDO, FERNANDA MEDEIROS BAETA GALRÃO, GIOVANA SEIXAS DE MELO, ISABELA DE CASTRO FROTA LIMA, JULIANA MELO GUERREIRO PEREIRA, LOUISE SANTOS ABDULMASSIH, RODRIGO ORMANES MASSOUD