Dados do Trabalho


Título

Fatores preditores de mortalidade hospitalar em pacientes idosos submetidos à cirurgia cardíaca em hospital de referência

Resumo


Fundamento: O aumento da expectativa de vida e a consequente prevalência de doenças
cardiovasculares em idosos representam desafios significativos. A população idosa,
quando submetida à cirurgia cardíaca apresenta maior morbimortalidade intra-hospitalar,
com maior prevalência de complicações.
Objetivos: Definir fatores preditores pré e intraoperatórios de mortalidade intra-hospitalar
em idosos maiores de 60 anos submetidos à cirurgia cardiovascular em um hospital de
referência no estado da Paraíba.
Método: Esta pesquisa trata de um estudo de coorte retrospectiva e observacional,
realizado no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, por um período de 1 ano (junho
de 2022 a junho de 2023). Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos que foram
submetidos a cirurgias cardíacas, sendo divididos em 2 grupos: grupo A, com indivíduos
com idade até 59 anos; grupo B, com idade de 60 ou mais. Os grupos foram comparados
entre si, através dos testes de Mann-Whitney ou qui-quadrado, quando apropriado, e foi
realizada análise multivariada para análise de fatores preditores do desfecho primário,
morte hospitalar por qualquer causa.
Resultados: Foram incluídos 342 pacientes, sendo 65% do sexo masculino e com média
de idade de 59,6 anos. A fração de ejeção média foi de 51,8% (±13,6), menor no grupo B
(p<0,01), e o EuroSCORE II médio foi de 1,87 (±1,5), maior no grupo B (p<0,01). Além
disso, o tempo de circulação extracorpórea (CEC) médio foi de 106 min (±43,2), menor
estatisticamente no grupo B (p<0,01). Não houve diferença de mortalidade entre os
grupos. Na análise multivariada, foram independentemente relacionados ao desfecho
principal as variáveis: idade, pontuação no EuroSCORE II e tempo de CEC, de modo
que para cada ano a mais de idade do idoso que foi submetido à cirurgia cardiovascular,
as chances aumentam em 17,91% de vir a óbito; a cada pontuação a mais no
EUROSCORE II, há 26,97% maior de chance de o paciente falecer; e para cada minuto a
mais no tempo mínimo de CEC durante a cirurgia, a chance de óbito é aumentada em
1,10%.
Conclusão: Nesta coorte de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, não houve diferença
de mortalidade entre pacientes < 60 anos (grupo A) e com 60 anos ou mais (grupo B).
Idade, EuroSCORE II e tempo de CEC foram fatores de risco independentes para
mortalidade hospitalar por qualquer causa.

Palavras Chave

cirurgia cardíaca; MORBIMORTALIDADE; Circulação extracorpórea

Arquivos

Área

CIRURGIA CARDIOVASCULAR

Categoria

Pesquisador

Autores

LILIANE CRISTINA MARTINS FERNANDES FERNANDES/83 998091516, GUILHERME AUGUSTO TEODORO ATHAYDE ATHAYDE, LAIS DANIELLE GOMES GADELHA GADELHA, CLARISSA LEITE DE MENEZES FERRAZ GOMES GOMES, RODOLFO DE ALMEIDA FIGUEREDO FIGUEREDO, FABIO FERNANDES DOS SANTOS SANTOS, GIULYANNO GAYO DANTAS DE ALMEIDA ALMEIDA, BRUNA GADELHA DORNELAS DORNELAS, GUTEMBERG DE SOUSA DANTASSEGUNDO SEGUNDO, SUELLEN MARTINS DE OLIVEIRA OLIVEIRA, MELQUE EMÍDIO DE ABRANTES ABRANTES, JÚLIO CÉSAR RODRIGUES BELMIRO BELMIRO