Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇÃO DAS TAXAS DE MORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM CIDADES BAIANAS COM E SEM SERVIÇO DE HEMODINÂMICA NA REDE PÚBLICA

Resumo

INTRODUÇÃO: O termo infarto agudo do miocárdio (IAM) significa morte de cardiomiócitos causada por isquemia prolongada. Em geral, essa isquemia é causada por trombose sobre uma placa aterosclerótica. O IAM representa um importante problema de saúde pública no país, sendo uma das principais causas de morte, somente no ano de 2022 o IAM representou 37,3% da mortalidade por doenças do aparelho circulatório na Bahia, o que deixa claro que a infraestrutura de saúde dedicada ao tratamento do IAM por meio da hemodinâmica na rede pública enfrenta limitações. OBJETIVOS: Comparar a mortalidade de pacientes com IAM em cidades da Bahia que possuem serviço de hemodinâmica e cidades que não possuem este serviço no período de 2022 a 2023. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo quantitativo onde foram utilizados dados disponíveis no DATASUS. As cidades selecionadas foram escolhidas por abarcarem os extremos geográficos do estado, sendo Barreiras, Teixeira de Freitas, Juazeiro e Salvador as que possuem serviço de hemodinâmica, e Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Paulo Afonso as cidades que não possuem serviço de hemodinâmica. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Os dados mostraram que as cidades que possuem hemodinâmica tiveram as menores taxas de mortalidade por IAM, sendo destaque Salvador (5,38%) e Juazeiro (6,54%), seguido de Teixeira de Freitas (11,67%) e Barreiras (12,07%). As maiores taxas de mortalidade foram observadas em Simões Filho (48,98%) e Alagoinhas (27,62%), cidades com os maiores índices entre as que não possuem serviço de hemodinâmica. Em contrapartida, as cidades de Paulo Afonso (10,53%) e Santo Antônio de Jesus (11,17%) apresentaram taxas semelhantes a cidades com serviço de hemodinâmica. Foi possível concluir que o aumento dos índices de mortalidade por IAM pode estar associado com a falta ou precariedade dos serviços de hemodinâmica. As discrepâncias entre as cidades sem hemodinâmica mas com taxas de mortalidade comparáveis às cidades equipadas com este serviço, podem indicar que outros fatores, como eficiência na gestão dos serviços de saúde, programas de prevenção e educação em saúde tenha um impacto significativo sobre os resultados.

Palavras Chave

Infarto Agudo do Miocárdio; hemodinâmica; taxa de mortalidade

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

BRENA SOUSA REIS, ANA VICTORIA BULHÕES CONCEIÇÃO, EDNARA ALMEIDA DE SOUZA