Dados do Trabalho


Título

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E SINTOMAS DE DEPRESSÃO EM JOVENS

Resumo

Os transtornos alimentares e afetivos estão relacionados com o índice de massa corporal. Os transtornos alimentares vêm recebendo importância, nas últimas décadas por impactarem na autoimagem corporal, nas emoções, pensamentos e comportamento no cotidiano, influenciando principalmente os relacionamentos interpessoais. Estima-se que 6 – 17% da população tenha ao menos 1 episódio depressivo ao logo da vida e 25% tenham, um critério para um transtorno de ansiedade. Objetivo: Avaliar a correlação entre índice de massa corporal e sintomas comuns à depressão em alunos de medicina Metodologia: Estudo observacional transversal ecológico sobre a prevalência de sintomas, autorrelatados, comuns à depressão, avaliando idade, sexo, período letivo, peso e altura e IMC e sintomas compatíveis com os critérios presentes no Manual Diagnóstico E Estatístico De Transtornos Mentais 5ª Edição DSM-5. Resultados: Total de 229 foram estudantes foram entrevistados com as seguintes características: idade entre 17 e 40 anos, média 22,89 ± 3,79, sendo a maior parte (50,7%) na faixa entre 20 e 24 anos. Índice de massa corporal (IMC) abaixo de 18kg/m2 foi relatado por 31 (13,5%) dos participantes e 24 (10,5%) mencionou realizar restrição prolongada da alimentação a ponto de gerar peso, significativamente, baixo para a idade e gênero; sentimento de depressão do humor em 141 (61,6%) por período igual ou superior a 2 semanas, enquanto 158 (69%) referiu perda de interesse ou prazer; ganho ou perda de peso sem intenção em 150 (65,5%), sendo no grupo portador de sobrepeso/obesidade, significativamente, maior com 98,5% (p=0,002); insônia foi declarada por 96 (41,9%), agitação e retardo psicomotor em 105 (45,9), fadiga ou perda e energia por 164 (71,6%), sentimento de culpa ou inutilidade excessiva por 154 (67,2%) e pensamentos recorrentes de morte em 46 (20,1%), sendo maior no grupo de baixo peso (41,7%), seguido do grupo obesidade (33,3%) (p< 0,001). Ao final, quando questionados acerca desses episódios alimentares interferirem na realização das tarefas diárias, 167 (72,9%) alegou prejuízo. Conclusão: Foi evidenciado a predominância de sintomas comuns à depressão, com significância em estudantes de medicina, com frequência aumentada de sintomas de “perda ou ganho de peso sem intensão” no grupo portador de sobrepeso/ obesidade e, de “sentimentos de morte” no grupo de baixo peso.

Palavras Chave

índice de massa corporal; estudante de medicina; depressão

Área

ATEROSCLEROSE / FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES / PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

IVAN LUCAS PICONE BORGES DOS ANJOS, LAIS DE SOUZA RODRIGUES, CAIO TEIXEIRA DOS SANTOS, RAUL FERREIRA DE SOUZA MACHADO , ARTHUR SOARES PASSOS, PEDRO IVY VENÂNCIO CAMARA ESTEVES, HUGO CHEDID COELHO, RAYANNE QUEIROZ RIBEIRO, JÉSSICA DE PAULA CHALUP JUNQUEIRA, MARIA APARECIDA DE ALMEIDA SOUZA RODRIGUES, ALEXANDRE AUGUSTUS BRITO DE ARAGÃO, IVANA PICONE BORGES DE ARAGÃO