Dados do Trabalho


Título

O IMPACTO DA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR AMBULATORIAL NA ADESÃO AO TRATAMENTO DE PORTADORES DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Resumo

Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) correspondem à principal causa de morte no mundo, sendo as doenças cardiovasculares (DCV) as responsáveis pela maioria dos óbitos. A má adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico é um dos fatores que pioram o prognóstico de cardiopatas, principalmente daqueles de muito alto risco. A abordagem multidisciplinar ambulatorial pode melhorar a adesão ao tratamento cardiológico e consequentemente seu resultado, refletido em alcance de metas terapêuticas e redução de complicações fatais e não fatais. Objetivo: Avaliar o impacto das ações delineadas por equipe multidisciplinar na adesão à terapêutica farmacológica e não farmacológica de pacientes atendidos em ambulatório acadêmico de cardiologia. Métodos: Estudo longitudinal que incluiu 32 pacientes atendidos entre maio de 2022 e agosto de 2023. A abordagem multidisciplinar ocorreu após as consultas cardiológicas, sendo composta pela anamnese social realizada pela assistente social, por algoritmos desenvolvidos e aplicados pelo serviço de farmácia para contornar as dificuldades relacionadas ao entendimento do receituário, pelas orientações relacionadas aos hábitos de vida e pela aplicação do questionário de adesão de Morisky-Green realizadas por acadêmicos de medicina orientados pelo cardiologista coordenador. Após um intervalo médio de 6 meses, o contexto clínico foi reavaliado em consulta cardiológica e a equipe multidisciplinar realizou nova abordagem para verificar mudanças em relação à abordagem inicial. Resultados: 53,1% eram homens, média de idade de 68,7 anos. O risco cardiovascular da maioria era muito alto (75%), em 21,9% era alto e 3,1% era intermediário. Houve redução significativa da média de LDL-colesterol de 68,67 para 59,83 mg/dl (p=0,019). O porcentual de indivíduos obesos reduziu de 34,4% para 28,2%. O tabagismo ativo reduziu de 15,6% para 12,5% e o porcentual de pacientes em alta adesão ao tratamento farmacológico aumentou de 56,3% para 78,1%. O gênero, a escolaridade, faixa de renda e faixa etária não se relacionaram de forma significativa com a adesão ao tratamento farmacológico. Conclusão: As ações coordenadas por equipe multidisciplinar adequadamente constituída, melhoram a adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico de pacientes cardiológicos atendidos em ambulatório acadêmico de cardiologia e consequentemente o seu resultado, refletido em alcance de metas terapêuticas importantes como a de LDL-colesterol.

Palavras Chave

Doenças Cardiovasculares; Equipe Multidisciplinar; Adesão ao Tratamento

Arquivos

Área

ATEROSCLEROSE / FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES / PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR

Categoria

Iniciação Científica

Autores

JAQUELINE MEERT PARLOW, MAÍZA PELLISSARI MIGLIORINI, MAYSA ORTOLANI MATERA, GABRIEL DOS SANTOS DOS SANTOS, CRISANGELA CRISTIN CONSUL , FLÁVIA CRISTINA COLMENERO, ISABELA HESS JUSTUS, EDUARDO NAVAS RODRIGUES NAVAS RODRIGUES, KARYN MARIA WENGLAREK, THAIS DE LIMA DA SILVA, PEDRO HENRIQUE CURY TONON HENRIQUE CURY TONON, MÁRIO CLÁUDIO SOARES STURZENEKER