Dados do Trabalho


Título

IMAGENS POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NA DOENÇA DE KAWASAKI: DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO A LONGO PRAZO

Resumo

Introdução: A Doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite sistêmica que atinge vasos de médio calibre, sobretudo as coronárias. Ocorre em 5% dos pacientes adequadamente tratados e 25% não tratados e resulta em ectasias, estenoses e até aneurismas coronarianos. Relatamos um caso monitorado em 14 anos após o diagnóstico de comprometimento cardíaco. Descrição do caso: Feminina, 23 anos, residente de Varginha-MG, leucoderma e diagnosticada com DK em 2010. A investigação ocorreu devido à apresentação dos sintomas: cefaléia, hiperemia de orofaringe, linfoadenomegalia, descamação de mãos e pés, conjuntivite, astenia, dor, edema nas articulações e dificuldade na deambulação. Foram tratados inicialmente como amigdalite bacteriana, mas não houve sucesso. Suspeitou-se de acometimento cardíaco após a avaliação reumatológica e foi solicitado angiotomografia de coronárias (angioTC), a qual evidenciou aneurisma de artéria descendente anterior (DA). A paciente, que não realizava o acompanhamento cardiológico regular, em 2019 relatou queixa de angina aos esforços, CFII NYHA. Sendo assim, foi feita novamente a angioTC que detectou aneurisma calcificado da DA e ectasia na coronária direita (CD), sem estenose significativa. Em 2022, por causa das queixas anginosas eventuais, a paciente foi submetida a um teste ergométrico e não apresentou alterações sugestivas de isquemia. No cenário atual, apresenta-se estável, com tolerância às atividades físicas e rotineiras, fazendo uso de AAS (100 mg/dia), Rosuvastatina (10mg/dia), Metformina XR (1000mg/dia) e nitrato sublingual para melhora de precordialgia, em CF I NYHA. O diagnóstico da DK é definido por critérios: febre por 5 dias; conjuntivite bilateral não purulenta; língua framboesiforme, eritema e edema de orofaringe, eritema labial; eritema e edema de mãos e pés com descamação periungueal; exantema escarlatiniforme ou polimórfico; e linfoadenomegalia cervical. As sequelas da DK exigem acompanhamento por meio de exames de imagem. Em relação à ecocardiografia, a angioTC possui vantagens, já que detecta calcificação na parede arterial, que facilita a interpretação. O tratamento com imunoglobulina e AAS promove à melhora clínica e minimiza o risco de sequela cardíaca. Conclusão: A suspeita precoce da DK possibilita a prescrição terapêutica específica, reduzindo complicações cardiovasculares. Exames complementares, principalmente a angioTC de coronárias e o teste ergométrico, são essenciais para o diagnóstico prévio e acompanhamento.

Palavras Chave

Angiotomografia de coronárias; Doença de kawasaki; Doença Arterial Coronariana

Área

IMAGEM CARDIOVASCULAR

Categoria

Iniciação Científica

Autores

MARINNA DE FREITAS MENEZES, CLEIDE ASSIS CIPRIANI, NATHALIA GOMES MARQUES, NICOLAS GABRIEL ARCANJO MATOS, WESLEY BRIGAGÃO DE SOUZA RIBEIRO, RAMON REIS, SÉRGIO RODRIGO BERALDO