Dados do Trabalho


Título

O IMPACTO FINANCEIRO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ENTRE 2014 A 2023.

Resumo

INTRODUÇÃO: As Doenças Cardiovasculares (DCV) são um grupo de doenças que acometem o sistema cardiovascular, trazendo um impacto significativo na qualidade de vida de indivíduos afetados, abrangendo aspectos físicos, psicossociais e econômicos. Atualmente, essas patologias representam a maior causa de morbimortalidade no Brasil, exigindo uma vasta destinação de recursos públicos para a conscientização e combate a esse quadro, acarretando em gastos com cuidados médicos, despesas relacionadas ao suporte formal e informal e queda na renda familiar. OBJETIVO: Avaliar os gastos do sistema de saúde brasileiro com as DCV de 2014 a 2023. MÉTODOS: Estudo epidemiológico, retrospectivo, quantitativo e transversal, que analisou os gastos do sistema de saúde com as DCV e a distribuição no Brasil no período de 2014 a 2023. Os dados foram coletados na plataforma do DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde). Foram analisados os gastos por região, faixa etária, sexo e cor/raça. RESULTADOS: No Brasil, no período estudado, foram gastos um total de R$ 30.434.497.769,72 no tratamento de DCV. Deste montante, 16,9% foram destinados ao tratamento de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e 11,7% para o tratamento da Insuficiência Cardíaca (IC). Durante essa década, observou-se um aumento de aproximadamente 2,5 vezes nos gastos com IAM e de cerca de 1,5 vezes nos gastos com IC. Analisando a distribuição regional, verificou-se que a região Sudeste foi responsável por aproximadamente 49,2% dos gastos com IAM e 44,1% com IC. Enquanto isso, a região Norte destinou 3,1% para IAM e 4,8% para IC. Em relação às faixas etárias, os maiores gastos ocorreram na sexta década de vida para ambas as condições, totalizando 32,9% para IAM e 25,7% para IC. Quanto ao sexo dos pacientes, observou-se um maior investimento no sexo masculino, totalizando 65,6% para IAM e 53,6% para IC. Em relação à cor/raça, os gastos foram predominantemente direcionados a brancos e pardos, totalizando 79,5% para IAM e 75% para IC. CONCLUSÃO: Verificou-se uma tendência de aumento, principalmente nos recursos destinados ao tratamento de condições como IAM e IC. As disparidades regionais observadas podem refletir diferenças na prevalência de fatores de risco, acesso aos serviços de saúde e infraestrutura médica. Assim, a importância de políticas de saúde adaptadas às necessidades regionais e demográficas na abordagem dessas doenças, evitando que comorbidades mal conduzidas se tornem DCV instaladas.

Palavras Chave

Epidemiologia; Doenças Cardiovasculares; DATASUS.

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

RICARDO ORMANES MASSOUD, ALAN CEZAR CAMPOS SALAME SILVA, ANTÔNIA EVELYN ALBUQUERQUE COSTA, CAUÊ SANTOS RABELO MENDES, GABRIEL DIAS CORRÊA, ISABELLA TAVARES MOURA, LARISSY CHRISTINE MENEZES LISBOA, PEDRO HENRIQUE RODRIGUES OLIVEIRA, THAMYRES VICTORIA DE ALMEIDA BASTOS, LUCIANNA SERFATY DE HOLANDA