Dados do Trabalho


Título

SÍNDROME PÓS INJÚRIA PERICÁRDICA E INFLAMAÇÃO EM PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA MIMETIZANDO DOENÇA LINFOPROLIFERATIVA: UM RELATO DE CASO.

Resumo

INTRODUÇÃO: A febre no Pós Operatório de Cirurgia Cardíaca é entidade comum nos primeiros dia, podendo acometer 70% dos pacientes. A principal causa é o estado pró inflamatório devido ao trauma cirúrgico e o uso da CEC. A febre prolongada deve ser investigada, com diagnósticos diferenciais considerados.
CASO CLÍNICO: Homem de 59 anos, submetido a CRVM devido a angina estável CCS 03 associado a anatomia de alto risco; DA como artéria derradeira com lesão obstrutiva de 70%. Cirurgia sem intercorrências; confeccionados enxertos de Mamária-DA, Radial-Mg1e Ponte Safena-DP, CD. Boa evolução, recebeu alta de UTI no 2º dia de pós OP. No 4º dia iniciou quadro de febre de 38ºc associado a derrame pleural e saída de secreção em FO em região de safenectomia. Iniciado tratamento com Tazocin e Vancomicina e após guiado por cultura de secreção. Após 10 dias de tratamento, paciente permaneceu com febre diária de 38ºC, laboratório com PCR mantendo-se aumentada (valores de 196mg/L, VR< 5,0) e pro calcitonina baixa. Foi realizado investigação de possíveis focos, TC de tórax e abdome normais e houve melhora de derrame pleural. Não houve crescimento bacteriano em 3 pares de hemocultura, o ECO não evidenciou vegetações. Após 20 dias de pós OP, ainda apresentava febre diária, leucocitose e PCR aumentada, apesar de bom estado geral, culturas, sorologias e TR COVID-19 negativos. Realizado PET-CT para pesquisa de febre de origem indeterminada que evidenciou linfomodomegalias hipermetabólicas infraclaviculares, supra e infradiafragmáticas, podendo corresponder a processo linfoproliferativo. No 22º dia procedido com biópsia de linfonodo de cadeia cervical 3: dentro da normalidade. Paciente apresentou controle de febre com antitérmico simples. Recebeu alta assintomático, melhora de provas inflamatórias, com queda de PCR, FO em bom estado.
DISCUSSÃO: A febre no pós op tardio pode transparecer patologias graves, sendo as principais a Mediastinite e infecções de FO. Entre as causas não infecciosas, está a síndrome pós injúria pericárdica. Os principais achados são dor pleurítica, alteração difusa de ST em ECG, febre e persistência de marcadores inflamatórios elevados. O tratamento é baseado em AINE e Colchicina.
CONCLUSÃO: Nesse relato vemos evolução atípica de inflamação e síndrome pós injúria pericárdica em pós op de CRVM que mimetizou doença linfoproliferativa com achado de PET-CT. Após descartado infecção bacteriana grave e neoplasia por biópsia, paciente teve boa evolução.

Palavras Chave

DAC; Pós Operatório.

Arquivos

Área

DOENÇA CORONÁRIA AGUDA E CRÔNICA / TROMBÓLISE

Categoria

Pesquisador

Autores

GABRIELLE BATISTA MOREIRA, ANTONIO NEVES SOLON PETROLA, MARCELO HENRIQUE MOREIRA BARBOSA, HENRIQUE TROMBINI PINESI, FABIANA RACHED, EDUARDO GOMES LIMA, FÁBIO GRUNSPUN PITTA, EDUARDO BELLO MARTINS, CARLOS VICENTE SERRANO JR