Dados do Trabalho


Título

Análise têmporo-espacial da mortalidade por infarto agudo do miocárdio no estado do Paraná entre 2001 e 2021

Resumo

Introdução: As doenças cardiovasculares são doenças com alta mortalidade em todo o mundo, sendo que compõem aproximadamente 29% da mortalidade geral no Paraná, enquanto no Brasil essa taxa corresponde a 27,2%. Objetivo: Analisar a distribuição espacial e perfil epidemiológico relacionados à mortalidade por infarto agudo do miocárdio nos municípios do estado do Paraná, no período de 2001 a 2021. Métodos: Estudo epidemiológico com foco na análise espacial no estado do Paraná nas décadas de 2001 a 2021, o qual foram utilizados dados de óbitos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), e dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, para o cálculo de taxas brutas e padronizações da mortalidade por IAM em cada município do estado do Paraná. As informações do perfil epidemiológico e frequência de óbitos foram avaliadas utilizando os parâmetros: sexo, idade, raça, estado civil, escolaridade e município.A análise temporal foi realizada pelo software Joinpoint, assim como as análises espaciais que foram realizadas no programa GeoDa, com a criação de mapas temáticos, sendo que os valores municipais foram suavizados pelo método bayesiano empírico local. Resultados: Foram registrados, no período de 2001 e 2021, um total de 99.335 óbitos por IAM. Sendo o maior índice de mortalidade observado em homens (61,6%) entre de 70 a 79 anos (26,6%), de raça branca (77,4%), casados (45,2%) e com 4 a 7 anos de estudo completos (29%). Verificou-se através da análise espacial a formação de aglomerados espaciais de altas taxas de mortalidade nas regiões Centro Ocidental, Oeste e Noroeste do Paraná. Os municípios com maior taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes por insuficiência cardíaca foram: Mallet (167,2/100 mil habitantes), Itaguajé (161,3/100 mil habitantes) e Santa Inês (139,1/100 mil habitantes). Com a análise temporal, verificou-se mortalidade média de 44/100 mil habitantes, sendo que o ano de maior mortalidade foi 2002 (47,2/100 mil habitantes) e o ano de menor mortalidade foi 2020 (38,5/100 mil habitantes), de modo que no período de 2001 a 2021 houve uma diminuição média anual de 0,62% da mortalidade. Conclusão: Esse estudo identificou os municípios paranaenses com elevada taxa de mortalidade e os aglomerados espaciais existentes, destacando a população alvo e expondo a necessidade de estratégias associadas a realidade e particularidade desses locais.

Palavras Chave

Infarto Agudo do Miocárdio; Analise temporal; Analise espacial

Arquivos

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Pesquisador

Autores

LUIZ FERNANDO KUBRUSLY, LEONARDO MOREIRA DIAS, FERNANDO BERMUDEZ KUBRUSLY, HERMÍNIO HAGGI NETO, LUCAS MATHEUS LEAL, ORLANDO MARCELO MARIANI, LUCAS NAOKI MIYAWAKI, HELENA DOS SANTOS REIS, JOÃO LUCCHESE PIOVESAN