Dados do Trabalho
Título
Melhora da Mecânica Ventricular Esquerda em Pacientes com Síndrome Coronariana Aguda Tratados com Sonotrombólise.
Resumo
Resumo: Síndromes Coronarianas Agudas (SCA) são responsáveis por alta mortalidade ao redor do mundo. Apesar do avanço significativo da terapia farmacológica e das intervenções invasivas, muitos pacientes não têm acesso a esses tratamentos e, mesmo quando têm, deve-se considerar o obstáculo à recuperação miocárdica, causada pelo fenômeno no-reflow. Nesse cenário, a sonotrombólise apresenta-se como uma terapia adjuvante de baixo custo e com grande potencial de resolutividade para obstrução coronária aguda, principalmente por seus benefícios para o fluxo sanguíneo na microcirculação. Esse estudo comparou a Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo (FEVE) e o Strain Longitudinal Global (SLG) em pacientes com SCA randomizados para grupo terapia (GT) ou grupo controle (GC). Métodos: Esse estudo analisou dados preliminares de 173 pacientes randomizados em dois grandes estudos (NCT04732091 e NCT02410330 - Banco de Dados do Estudo HUBBLE I). Pacientes randomizados no GT receberam terapia convencional (intervenção coronária percutânea, fibrinolítico) e sonotrombólise (N = 84: 63 IAMCSST, 12 IAM trombolisado, 9 IAMSSST) ou no GC, recebendo apenas tratamento convencional (N = 89, 66 IAMCSST, 13 IAM trombolisado, 10 IAMSSST). A Sonotrombólise consistiu na infusão contínua de agente de contraste ultrassonográfico associado a pulsos ultrassônicos de alta energia por um período de 50 minutos, iniciado logo após admissão do paciente, e continuado após a intervenção coronária percutânea (ICP) ou apenas após a ICP, não implicando atrasos para a terapia convencional. As imagens foram adquiridas imediatamente após a ICP/sonotrombólise ou apenas ICP e 1 mês após a inclusão do paciente. A FEVE e o SLG foram analisados off-line (TomTec Imaging System). Resultados: Não foram observadas diferenças demográficas entre os grupos. A FEVE e o SLG foram similares entre GC e GT imediatamente após o tratamento (51,2±11,5 vs. 47,5±10,5%, P=0,352 e 12,0±6,1 vs. 12,9±4,3%, P=0,053, respectivamente). Após 1 mês, a FEVE tendeu a ser maior no GT (45,2±11,1 vs. 52,1±10,6%, P=0,076), enquanto o valor de SLG aumentou para o GT (14,2±3,7 vs. 15,8±3,6%, P=0,001). A comparação da diferença entre os dois períodos de avaliação mostrou maior aumento no SLG para o GT quando comparado ao GC (1,82±2,7 vs. 3,25±4.1%, P=0,006). Conclusão: Dados preliminares revelaram que a sonotrombólise, como terapia adjuvante ao tratamento convencional, pode contribuir para a melhora precoce da mecânica ventricular esquerda.
Palavras Chave
Sonotrombólise; Strain Longitudinal Global; Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo
Arquivos
Área
DOENÇA CORONÁRIA AGUDA E CRÔNICA / TROMBÓLISE
Categoria
Iniciação Científica
Autores
YASMIN ABRAHAO, GIOVANNA CRISTINA DE CASTRO MARTIN, DERICK MENEGUETTI, GUSTAVO HENRIQUE MORI, LUCIENE FERREIRA AZEVEDO, MARIA CRISTINA DONADIO ABDUCH, DAVID LE BIHAN, RODRIGO BELLIO DE MATTOS BARRETTO, JULIANA PAIXAO ETTO ROLIM, CAROLINA STANGENHAUS, MIGUEL OSMAN DIAS AGUIAR, WILSON MATHIAS JR