Dados do Trabalho


Título

Trombo no Ventriculo Esquerdo: Abordagem complexa com trombose de Stent e IAMCSST

Resumo

Paciente masculino, 68 anos, história de IAM há 4 anos e Angioplastia com implante prévio de Stent no ramo descendente anterior, apresenta novo episódio de dor torácica típica, busca atendimento em Pronto Socorro não terciário. Eletrocardiograma evidenciou supradesnivelamento do segmento ST da parede anterior. Administrado AAS e Clopidogrel e encaminhado para o Hospital de referência, aonde chegou sem dor precordial e estável hemodinamicamente. Realizado cateterismo cardíaco (12 horas após início do quadro) visto trombose do Stent com oclusão total da artéria Descendente Anterior (paciente relatou interrupção da antiagregação plaquetária uma semana antes) além de estenoses discretas em em coronárias Circunflexa e Direita; disfunção ventricular esquerda moderada, acinesia anterolateral e inferoapical e discinesia apical bem como presença de grande trombo no Ventrículo Esquerdo. Não realizado tentativa de Angioplastia e iniciado anticoagulação plena. Realizado ecocardiograma: fração de ejeção de VE de 36%, VD com função preservada, hipocinesia basal e média inferosseptal e acinesia de todos os segmentos apicais. Notou-se imagem ecogênica, homogênea, com bordas bem delimitadas, pedunculada, aderida ao ápice de Ventrículo esquerdo, medindo 30x19mm. Paciente permaneceu estável e optado por alta ambulatorial após 5 dias de internação com uso de Clopidogrel, Rosuvastatina, Metoprolol, Valsartana, Espironolactona, Dapagliflozina e Rivaroxabana 20 mg/dia. A formação de trombos no ventrículo esquerdo geralmente está associada a distúrbios hemodinâmicos como disfunção ventricular, áreas de contração anormal, alterações anatômicas cardíacas são condições que favorecem a estase sanguínea. O tamanho do trombo é uma consideração crítica, sendo que trombos maiores possuem maior propensão para se desprender e causar complicações como AVC e embolia pulmonar. O diagnóstico de trombos no VE requer abordagem multimodal, envolvendo técnicas de imagem avançadas: ecocardiografia transtorácica e transesofágica, ressonância magnética cardíaca e tomografia computadorizada e identificação precoce de trombos no VE é crucial para guiar o tratamento e prevenir complicações. O tratamento, deve ser individualizado, considerando fatores como o tamanho e a localização do trombo, a presença de comorbidades e o risco embólico do paciente. Opções terapêuticas incluem terapia anticoagulante, terapia trombolítica, e em casos selecionados, a remoção mecânica do trombo.

Palavras Chave

Infarto do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST; Técnicas de Diagnóstico Cardiovascular; Cardiologia intervencionista

Arquivos

Área

DOENÇA CORONÁRIA AGUDA E CRÔNICA / TROMBÓLISE

Categoria

Iniciação Científica

Autores

CAMILY CHRISTINE SILVA SOUZA , JOSE JORGE PAIVA RISPOLI NETO, JOÃO LUCAS O'CONNELL, MARCELO BERNARDES DA SILVEIRA