Dados do Trabalho


Título

TRANSPLANTE CARDÍACO: COMPARAÇÃO DA TAXA DE MORTALIDADE ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS NOS ANOS DE 2014 E 2023

Resumo

Introdução: O transplante cardíaco (TC) consiste em substituir o coração debilitado por um saudável, e é o tratamento de escolha para insuficiência cardíaca grave. No Brasil, em 1967, Euryclides Zerbini realizou o primeiro TC, e apesar da euforia, os resultados iniciais foram insatisfatórios, com elevada mortalidade. Após a década de 1970, com os imunossupressores, como a ciclosporina, que possibilitava um melhor controle da rejeição, o número de transplantes e as taxas de sobrevida aumentaram no cenário mundial. O Brasil, apesar de possuir um dos maiores sistemas de saúde capazes de realizá-los, faz poucos estudos relacionados à taxa de mortalidade dos pacientes transplantados e a comparação entre as regiões brasileiras. Objetivo: Comparar a mortalidade entre as regiões brasileiras de pacientes que receberam transplante cardíaco nos anos de 2014 e 2023. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, tipo série temporal, cujas informações são advindas do sistema TABNET, através do banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foram analisadas as taxas de mortalidade de TC, considerando o período de 2014 e 2023 de acordo com as regiões brasileiras. Resultados: Observou-se que em 2014, a Região Sul apresentava a maior taxa de mortalidade por TC, com 17,39%, enquanto em 2023, registrou a menor taxa entre as regiões analisadas, com 7,27%, redução de 58,2%. Essa diminuição contribuiu para a redução geral da taxa de mortalidade por TC no Brasil, que caiu de 13,31% em 2014 para 11,49% em 2023. No entanto, em 2014, a Região Sudeste teve a menor taxa de mortalidade, registrando 10,74%, porcentagem discrepante do ano de 2023, no qual atingiu 12,73%, com o aumento aproximado de 18,3%. As demais regiões apresentaram um decréscimo nas taxas de mortalidade por TC no período analisado. Conclusões: Observou-se uma redução na taxa total de mortalidade por TC em 2023. Enquanto a Região Sul registrou uma importante redução, contribuindo para uma diminuição geral no país, a Região Sudeste teve um aumento significativo nesse índice. Assim, há a necessidade de revisão e melhoria das práticas médicas e políticas de saúde, sobretudo nas regiões com essa taxa em ascensão. Além disso, a tendência de redução nas demais regiões sugere avanços positivos na eficácia dos procedimentos de TC e na qualidade do cuidado pós-transplante.

Palavras Chave

Transplante de Coração; Brasil; Taxa de mortalidade.

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

PAULA VITÓRIA TABOSA DE LIMA, ANA CAROLINA TAVARES CAVALCANTI, ISABELLY COSTA DE LIMA