Dados do Trabalho


Título

EMBOLIZAÇÃO DE ARTÉRIA SEPTAL COM ÔNYX® NA CARMIODIOPATIA HIPERTRÓFICA. RELATO DE DOIS CASOS

Resumo

Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) pode se manifestar com quadros graves. O tratamento conservador, percutâneo ou cirúrgico, depende de aspectos clínicos, angiográficos e anatômicos. O Ônyx® é uma opção viável na abordagem terapêutica. Objetivo: Relatar dois casos de pacientes com CMH submetidos à embolização de artéria septal com Ônyx®. Relato de casos: Caso 1: Paciente masculino, 58a., com CMH importante forma septal assimétrica obstrutiva sintomática, em piora de classe funcional (CF) III da NYHA. O ecocardiograma transtorácico (ETT) mostrou septo de 22mm; grad. de pressão de pico de 117 mmHg e movimento anterior sistólico de valva mitral, gerando uma insuficiência moderada e obstrução dinâmica na via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE). A angiografia coronariana revelou ramo septal de bom calibre, viável para a realização da terapia redutora septal. No exame o grad. intraventricular era de 80mmHg e o grad. pós extrassistólico de 180mmHg em repouso. Devido a refratariedade à terapia farmacológica e anatomia favorável optou-se pela embolização septal com Ônyx®. A angiografia ao final foi satisfatória (Figura 1A) e a manometria evidenciou resolução completa do grad. de pressão intraventricular de 90mmHg para 0mmHg, sem intercorrências. Após 4 meses, o paciente retorna com melhora dos sintomas e novo ETT com grad. de pico de 79mmHg, porção basal do septo de 19mm e afilamento do segmento distal de 11mm, persistindo com regurgitação mitral moderada. Caso 2: Paciente masculino, 46a., com CMH importante forma septal assimétrica obstrutiva sintomática, em piora de CF III da NYHA apesar da terapia otimizada. O ETT mostrou septo: 31mm; grad. de pressão de pico de 114mmHg e obstrução dinâmica na VSVE. Foi também submetido à embolização com Ônyx® com sucesso (Figura 1B), havendo melhora importante do grad. de pressão intraventricular de 80mmHg para 15mmHg. Na consulta, após 4 meses do procedimento, referiu melhora dos sintomas e ETT de controle com grad. de VSVE de pico de 26mmHg, grad. médio de 14mmHg e porção basal do septo de 15mm. Conclusão: Nos casos relatados, a embolização septal com o uso do Ônyx® mostrou-se um método terapêutico viável. Ainda são necessários ensaios clínicos randomizados que comparem as terapias percutâneas alternativas com a miectomia cirúrgica ou com a ablação alcoólica, para decisão técnica adequada.

Palavras Chave

Embolização septal; Ônyx; Cardiomiopatia hipertrofica

Arquivos

Área

CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

ANNA LUIZA SOUZA, GIULLIANO GARDENGHI, PATRICIA FERREIRA DEMUNER, FERNANDO HENRIQUE FERNANDES, SIDNEY MUNHOZ JUNIOR, DÉBORA RODRIGUES, MAURÍCIO LOPES PRUDENTE