Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO NO BRASIL DE 2014 A 2023
Resumo
A transição epidemiológica transformou o panorama das doenças, dando às doenças do aparelho circulatório destaque como as principais causas de morbidade e mortalidade, assim, são primordiais investigações científicas relacionadas a essas condições. Objetivo: Este estudo visa descrever o perfil epidemiológico das internações por doenças do aparelho circulatório no Brasil durante os últimos 10 anos (2014-2023). Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e descritivo que utiliza de dados secundários do Sistema de Informação Hospitalares do SUS (SIH/SUS), de janeiro de 2014 a dezembro de 2023, compreendendo as doenças do aparelho circulatório do Capítulo IX do CID-10, envolvendo diferentes variáveis epidemiológicas. Os dados foram analisados por meio do programa Microsoft Office Excel™. Resultados: Das 11.337.606 internações ao longo de 10 anos, a maioria ocorreu no Sudeste (44%), porém, normalizando para população das regiões, o Sul apresenta importante prevalência dessas internações. Destacam-se entre as morbidades mais frequentes na internação hospitalar as doenças isquêmicas do coração (24%), a insuficiência cardíaca (17,7%) e as doenças cerebrovasculares (15,6%). A faixa etária com maior percentual de internações pelas patologias circulatórias foram os idosos, correspondendo a mais de 60% das internações totais. Em 2014 o sexo feminino se destacava como maior representante das internações, porém houve importante crescimento do predomínio masculino, representando, na década, 52,1% dos casos. Os autodeclarados brancos foram a maioria dos internados, seguidos por pardos e pretos. Nesse sentido, foram gastos mais de 30 bilhões de reais nos últimos anos em relação aos pacientes internados com doenças cardiovasculares, destacando-se a doença reumática crônica do coração, sendo na que mais se gastou proporcionalmente à ocorrência. Obviamente, os atendimentos de urgência são os principais quando se trata de internação por doenças do aparelho circulatório (>80%), mas durante os anos de 2020 e 2021 eles foram ainda mais significativos, potencialmente pelo contexto pandêmico. Conclusão: Assim, as condições mais prevalentes apresentam bastante representatividade, sendo possível determinar um perfil típico do paciente internado. É fundamental traçar medidas e investigações mais aprofundadas que mitiguem esses agravos e possibilitem o melhor entendimento ecológico de sua ocorrência.
Palavras Chave
Doenças do aparelho circulatório; Epidemiologia; Brasil
Área
EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL
Categoria
Iniciação Científica
Autores
MATHEUS OLIVEIRA SOUSA, VITÓRIA SOUZA DA MOTA ALCÂNTARA, GUILHERME DE ARAUJO MEIRA, AMANDA MARTINEZ DE OLIVEIRA, VITOR TALLES PEREIRA