Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM MULHERES E SEUS DESFECHOS NOS ANOS DE 2010 E 2022 NO ESTADO DO PARÁ
Resumo
Introdução: A Doença Arterial Coronariana (DAC) representa uma das principais causas que leva as mulheres à óbito no mundo. Embora algumas medidas relacionadas à prevenção e diagnóstico da doença estejam reduzindo a mortalidade cardiovascular, essa diminuição é menos expressiva entre público feminino, especialmente quando se trata de mulheres mais jovens.
Historicamente, a DAC afeta mais homens que mulheres, no entanto, estudos mostram que as mulheres apresentam piores desfechos após um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Além disso, a sintomatologia se apresenta de forma diferente, visto que pacientes do sexo feminino relatam a ocorrência de sintomas atípicos que precedem o IAM, o que dificulta o diagnóstico.
Objetivos: Descrever os dados epidemiológicos referentes a ocorrência de IAM em mulheres e seus possíveis desfechos, durante o período de 2010 e 2022, no estado do Pará.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo, com coleta de dados realizada no Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a respeito do perfil epidemiológico de IAM em mulheres e seus desfechos nos anos de 2010 e 2022 no estado do Pará, considerando o aumento de 8% da população do sexo feminino no estado durante nesse período, segundo dados do censo feitos pelo IBGE.
Resultados: Quanto aos desfechos relacionados à ocorrência de IAM em mulheres no Pará, conforme os gráficos abaixo, em 2010 foram contabilizadas 296 internações no estado, correspondendo a 0,079/1000 habitantes do sexo feminino. Já em 2022, ocorreram 884 internações, isto é 0,21/1000 habitantes. Neste sentido, nota-se que houve um crescimento de 176% no número de internações, contrastando com o aumento de apenas 8% na população de mulheres no estado.
Em 2010, 49 mulheres foram a óbito por ocorrência de IAM, representando um total de 0,013/1000 habitantes. Em contrapartida, em 2022, 103 óbitos foram notificados, representados por 0,025/1000 habitantes. Houve, portanto, aumento de 94% na mortalidade deste grupo, número que se demonstra em desnível com o crescimento da população citado.
Conclusão: No decorrer deste estudo, notou-se o aumento na morbimortalidade feminina por IAM no ano de 2022, em relação a 2010, no estado do Pará, que se demonstrou maior que o crescimento proporcional da população. Compreende-se, portanto, a importância de avaliar tais dados, visando a adoção de medidas de prevenção para esta população, a fim de reduzir a morbimortabilidade no estado do Pará.
Palavras Chave
Mulheres; Infarto do Miocárdio; MORBIMORTALIDADE
Arquivos
Área
CARDIOLOGIA DA MULHER
Categoria
Iniciação Científica
Autores
ISADORA MARIA LHEIS PINHEIRO, LIA RIBEIRO SARDO, JULIANA ABEN ATHAR BENIGNO DE SOUZA, ANA CLARA DE SOUSA LOPES, JULIANA ROCHA SAMPAIO COSTA, JULIA PORTUGAL GONÇALVES, ANTONIO MARIA ZACARIAS ARAUJO MONTEIRO