Dados do Trabalho

Título

UM PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE DOENÇAS REUMÁTICAS CRÔNICAS DO CORAÇÃO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA NO PERÍODO ENTRE 2015 E 2022.

Resumo

INTRODUÇÃO: A Doença Cardíaca Reumática ou, como também é conhecida, Cardiopatia Reumática, descreve um grupo de doenças cardíacas agudas ou crônicas que podem acontecer devido à febre reumática, uma sequela da faringoamigdalite causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A (Streptococcus Pyogenes), que acomete grande parte dos pacientes. No coração, as lesões primárias aparecem nas valvas - mais frequentemente na mitral - em formas de pequenas verrugas nas linhas de fechamento, gerando estenose ou insuficiência valvar e na forma mais grave, necrose das células musculares cardíacas.
OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo realizar uma avaliação do perfil epidemiológico do número de internações e total de óbitos de indivíduos com doença reumática crônica do coração no Brasil durante o período de 2015 a 2022.
METODOLOGIA: Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo com base nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de informática do SUS (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™ em relação aos casos de Doença Reumática Crônica do Coração no Brasil. As variáveis analisadas foram: ano de processamento, faixa-etária, sexo, cor ou raça e número de óbitos.
RESULTADOS: Entre os 56.975 casos encontrados após análise do período avaliado, destaca-se que a faixa etária mais acometida é de 50 a 59 anos de idade, sendo equivalente (22,71%) da população afetada. Os anos de 2015, 2016 e 2019 como mais incidentes, com 8.131, 7.782 e 7.683 casos, respectivamente. Ademais, foi identificado que pardos (37,45%) e pacientes do sexo feminino (57,35%) são as variáveis epidemiológicas mais acometidas. Após avaliação dos casos notificados, notou-se que 4.681 casos evoluíram para óbito.
CONCLUSÃO: Com os dados levantados, nota-se que a Cardiopatia Reumática é mais prevalente no sexo feminino, nos pardos e nas pessoas de 50 a 59 anos de idade. Além disso, os números mais notórios de casos foram nos anos de 2015, 2016 e 2019, respectivamente. Por fim, foram registrados 4.681 óbitos no período estudado; o que sinaliza aos profissionais da saúde a necessidade de medidas preventivas e interventivas à febre reumática, como o combate dos estreptococos do grupo A com as penicilinas, para reduzir os índices de Doenças Cardíacas Reumáticas no Brasil.

Palavras Chave

Febre Reumática; Doenças das Valvas Cardíacas; Cardiopatia Reumática