Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA TAXA DE MORTALIDADE POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO EM MENORES DE UM ANO NO BRASIL DE 2019 A 2023

Resumo

INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho circulatório, segundo a Organização Mundial de Saúde, representam cerca de 15,2 milhões de óbitos no mundo. Nesse sentido, ressalta-se a necessidade de identificação do perfil da mortalidade em menores de um ano no Brasil. OBJETIVOS: Analisar a taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório em menores de um ano no Brasil no período entre 2019 e 2023. MÉTODOS: Estudo descritivo quantitativo, do tipo série-temporal, com avaliação retrospectiva de dados extraídos, no mês de abril de 2024, do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/SUS) e do Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos. Variáveis analisadas foram: região, faixa etária e capítulo CID-10. Como os dados estão disponíveis para domínio público, não houve a necessidade de apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: Nos últimos cinco anos foram registrados 1.450 óbitos em menores de um ano por doenças do aparelho circulatório, sendo 93,1% (1.351) na faixa etária pós-natal. Tal conjunto de patologias é a décima causa de mortes em menores de um ano, representando 0,9% das mortes totais (161.351). A taxa de mortalidade média por mil nascidos vivos é de 0,109, sendo identificado um aumento nas taxas a partir de 2022, sendo de 0,112 e 0,113 em 2022 e 2023 respectivamente. Uma análise regional revelou que o Sudeste e Nordeste destacam-se como as regiões com maior número de mortes, respectivamente 35,9% (521) e 33,1% (480), contudo as maiores taxas de mortalidade média foram identificadas no Nordeste, com 0,129, e no Norte, com 0,123. Destaca-se o aumento na taxa de mortalidade entre os anos de 2022 e 2023 no Norte, com taxas de 0,114 e 0,161, aumento de 41,2%, no Centro-Oeste, com taxas de 0,133 e 0,144, com aumento de 8,2%, e no Sudeste, com taxas de 0,094 e 0,101, com aumento de 7,4%. As principais causas são cardiomiopatias (367), complicações de cardiopatias e doenças cardíacas mal definidas (158), insuficiência cardíaca (103), hemorragia intracerebral (94), hipertensão pulmonar primária (91) e endocardite aguda e subaguda (68). CONCLUSÃO: Fica evidente a importância de maiores investimento em Política Públicas voltadas para o combate à mortalidade em menores de um ano, atuando desde o momento de planejamento reprodutivo, pré-natal, parto até o período pós-natal, com o intuito de prevenir as patologias que são evitáveis e identificar precocemente as não evitáveis, com o intuito de promover intervenções no momento oportuno.

Palavras Chave

Epidemiologia; Saúde Pública; Mortalidade infantil.

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

LUCAS DOS SANTOS LUNA, MYRELLA TAVARES RODRIGUES, HENRIQUE OLIVEIRA CARVALHO, LARISSA ALVES LIMA, ANA LUIZA MACIEL RODRIGUES, JULIETTE MARIA DANTAS EUFRASIO