Dados do Trabalho


Título

ANTICOAGULAÇÃO ORAL EM PACIENTES COM FIBRILAÇÃO ATRIAL COM PRÓTESE CARDÍACA MECÂNICA APÓS ACIDENTE VASCULAR ISQUÊMICO

Resumo

INTRODUÇÃO: O AVC é a terceira principal causa de morte no mundo. O AVC isquêmico, geralmente causado por trombos, é comum em pacientes com fibrilação atrial (FA) e próteses valvares cardíacas. O uso de anticoagulante é crucial para prevenir complicações, mas o momento ideal de reinício e a dosagem adequada após um evento isquêmico cerebral são controversos. A anticoagulação precoce é recomendada após implante de válvula, mas para AVC isquêmico agudo, os riscos de transformação hemorrágica limitam seu uso precocemente. OBJETIVO: avaliar criticamente as informações sobre a anticoagulação oral após acidente vascular cerebral isquêmico em pacientes com prótese cardíaca mecânica. MÉTODO: Realizamos pesquisa no PubMed e Cochrane sobre anticoagulação oral em pacientes com prótese valvar. Critérios de elegibilidade seguiram o esquema PICOS, conforme recomendado pelas diretrizes PRISMA. Foram incluídos estudos de 2019 a 2024 sobre impacto da anticoagulação em AVC isquêmico e complicações hemorrágicas em adultos com FA. Após triagem, 12 artigos foram incluídos para revisão. RESULTADOS: Os NOACs, como apixabana e rivaroxaba, não demonstram eficácia e segurança em relação à warfarina para prevenção de AVC e sangramento em pacientes com prótese valvar mecânica. No entanto, apixabana mostra menor risco de AVC e hemorragia intracraniana na FA. Pacientes sem anticoagulação têm maior risco cardiovascular. Rivaroxabana é associada a menor risco de eventos cardiovasculares, no entanto está ligada a mais hemorragia digestiva, enquanto edoxabana tem menos sangramento grave. A warfarina reduz embolia sistêmica. Para pacientes com prótese valvar mecânica e complicações tromboembólicas convertidas em eventos hemorrágicos, a literatura carece de orientações claras. O reinício da anticoagulação deve ser baseada considerando as condutas multiprofissionais e os desfechos clínicos individuais de cada paciente. CONCLUSÃO: O uso de ACO é eficaz na prevenção de eventos tromboembólicos, mas aumenta o risco de sangramento, especialmente em idosos e/ou com comorbidades. Os NOACs apresentam vantagens sobre a warfarina na FA, mas são contraindicados nas próteses valvares mecânicas, quando a warfarina é a medicação de eleição. Quando há AVCi com transformação hemorrágica a anticoagulação deve ser suspensa, mas faltam estudos sobre quando reintroduzir a warfarina em pacientes com prótese valvar mecânica e AVCi e transformação hemorrágica.

Palavras Chave

anticoagulação oral; warfarina; troca valvar

Área

ANTICOAGULAÇÃO

Categoria

Iniciação Científica

Autores

VANESSA TEODORO LAUREANO CÂNDIDO, MIRLENE GONÇALVES SANTOS, RAFAEL BARBOSA GABRIEL DIAS, GABRIELA BASSO KOOS, LUANA CRISTINA DA COSTA MENDES, DENIS AGUIAR DE SOUZA FILHO, POLIANA PERES GHAZALE, ALBERTO DE ALMEIDA LAS CASAS JÚNIOR