Dados do Trabalho


Título

CORRELAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELA FORMA LEVE DA COVID-19

Resumo

Introdução: A COVID-19 é uma doença contagiosa, causada por um tipo de vírus conhecido como SARS-CoV-2. Esse vírus provoca uma série de prejuízos à saúde, acometendo especialmente os sistemas respiratório e cardiovascular, prejudicando a capacidade físico-funcional dos indivíduos que foram afetados pela doença. Entretanto, para o melhor de nosso conhecimento, ainda não se sabe os prejuízos causados no sistema cardiovascular e capacidade funcional naqueles indivíduos acometidos pela forma considerada leve da doença, ou seja, quando não houve a necessidade de internações. Objetivos: Correlacionar a capacidade funcional e a variabilidade da frequência cardíaca num seguimento de 6 meses em indivíduos com histórico de COVID-19 leve. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo prospectivo, observacional e de seguimento de 6 meses. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, maiores de 18 anos, após sua recuperação, com diagnóstico de COVID-19 comprovado por testes reconhecidos pelo Ministério da Saúde, que foram acometidos pela forma branda da doença, ou seja, que não necessitaram de internação ou ventilação mecânica. Os voluntários confirmavam sua participação assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido-TCLE. Foram coletados dados antropométricos e sociodemográficos e a presença de comorbidades. Para a avaliação da capacidade funcional, foi realizado o Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6). Para avaliação do sistema cardiovascular, foi realizada a coleta dos intervalor RR para posterior análise da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) por meio de um cardiofrequêncímetro. A reavaliação ocorreu 6 meses após a primeira avaliação. Resultados: A amostra foi composta por 80 indivíduos que tiveram COVID-19 leve, com idade média de 35,18 anos. Há a predominância de mulheres, não praticantes de atividade física e sem comorbidades (60%). Com relação ao TC6, houve recuperação da distância percorrida, quando comparado os valores da primeira avaliação (464,82±52,26) e após 6 meses (509,36±100,52). Por fim, curiosamente, a VFC mostrou um diminuição da atividade parassimpática justificado pelos valores de RMSSD encontrados na primeira avaliação (38.87± 21.36) e após 6 meses da primeira avaliação (34.16±25.65). Conclusão: Conclui-se que mesmo em casos leves de COVID-19, houve impactos negativos na capacidade funcional e VFC. Entretanto, houve recuperação da capacidade funcional após 6 meses. Logo, é importante inclui-los em programas de reabilitação.

Palavras Chave

Covid-19; Capacidade funcional; função autonômica cardiovascular.

Área

FISIOTERAPIA

Categoria

Iniciação Científica

Autores

MARIANA CAMPOS MAIA, DANIELA BASSI DIBAI, DANIEL SANTOS ROCHA, ALDAIR DARLAN SANTOS DE ARAÚJO, PATRÍCIA MARTINS SANTOS