Dados do Trabalho


Título

TERAPIA COM CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS EM PACIENTES PÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, INTERVIR DE FORMA PRECOCE OU TARDIA? UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

INTRODUÇÃO: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é o principal responsável pela degeneração dos cardiomiócitos, remodelamento cardíaco e prejuízo à função contrátil ventricular estimada pela fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), contribuindo para alta morbimortalidade desses pacientes. Nesse contexto, o uso de células troncos mesenquimais (CTMs) tem ganhado notoriedade nas últimas décadas, na tentativa de promover melhorias na FEVE. No entanto, não está definido se há diferenças quanto ao momento adequado para a intervenção, isto é, se deve ser feita de forma precoce, em até 7 dias pós-IAM, ou de forma tardia, após 7 dias do IAM. OBJETIVOS: Analisar o uso da terapia com CTMs em pacientes pós IAM, de forma precoce, em relação a intervenção tardia quanto à melhora da FEVE. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática, relatada conforme as diretrizes PRISMA, feita a partir de buscas nas bases de dados PubMed, Embase, Medline, LILACS e SciELO. Para seleção, utilizou-se os descritores Myocardial infarction e Mesenchymal Stem Cells. Foram escolhidos apenas ensaios clínicos, obtendo 179 artigos publicados entre 2004 e 2024, e sem restrição de idioma. Excluíram-se estudos que não respondiam a questão de pesquisa, artigos em duplicidade e que foram realizados em animais. Com isso, obteve-se uma amostra final de 6 artigos. RESULTADOS: Após a análise dos artigos selecionados, pôde-se observar que o processo de isquemia e morte celular gera um ambiente rico em citocinas inflamatórias, principalmente, de 3 e 7 dias após o evento, o que torna o meio desfavorável para o adequado crescimento celular das CTMs transplantadas. No mais, entre 2 e 4 semanas do IAM, o processo de remodelamento cardíaco se estabelece. Logo, os estudos analisados apontaram melhora significativa na FEVE dos indivíduos partícipes das pesquisas, com o uso da terapia com CTMs, porém, em relação à abordagem ter sido precoce ou tardia, não houve diferenças significativas, que favorecessem uma abordagem em relação à outra. Por fim, não foram relatados eventos adversos graves, como efeitos pró-arrítmicos e ainda existem incertezas quanto à quantidade de CTMs a ser transfundidas e ao tempo de preparo delas. CONCLUSÕES: O uso de terapia com CTMs em pacientes pós-IAM mostrou-se benéfico quanto à melhora da FEVE, porém, em relação ao melhor momento para realizar a intervenção, ainda não há resultados conclusivos, sendo necessários maiores estudos que respondam às lacunas existentes.

Palavras Chave

PALAVRAS-CHAVE: Infarto do Miocárdio; Células Tronco Mesenquimais; Fração de Ejeção Ventricular.

Área

DOENÇA CORONÁRIA AGUDA E CRÔNICA / TROMBÓLISE

Categoria

Iniciação Científica

Autores

DWYNDSON JADSON MOURA ALMEIDA, THAÍS HELENA GOMES SOUSA, GABRYELLE GUEDES DANTAS NÓBREGA, RAFAEL GUIMARÃES PEREIRA SOUZA, JOÃO WINKELER VITOR FREIRE PAIVA WINKELER, FELIPE MATEUS NUNES PAIVA, MARIANA FIGUEIREDO PEREIRA, GUSTAVO OLIVEIRA FREITAS, LARAH PEREIRA MENEZES, ELIAS GABRIEL DANTAS PALHARES LIMA, YASMIN GUGLIELMELLI SOUZA MEDEIROS , THAÍSSA RAFAELA TAVARES BRITO