Dados do Trabalho


Título

Artérias de Coelhos Descelularizadas como Enxerto Biológico: Estudo de Biocompatibilidade, Propriedades Biomecânicas e Caracterização Imunofenotípica com fins de utilização como enxerto coronário

Resumo

Introdução: Doenças cardiovasculares compõe a causa mais comum de óbitos mundialmente. Técnicas de revascularização incluem angioplastia com ou sem stent e enxertos cirúrgicos (sintético, autólogo ou heterólogo), que também apresentam complicações. Os enxertos heterólogos apresentam complicações por sua antigenicidade de origem celular. O processo de descelularização representa uma alternativa da engenharia de tecidos para enxertos heterólogos, devido à possibilidade de manter uma matriz orgânica bioativa, retirando os agentes antigênicos. Os agentes utilizados para essa remoção podem ser químicos, biológicos ou físicos. Neste trabalho, foram comparados experimentalmente Aorta e Carótidas de coelhos submetidas a dois tipos de métodos biológico enzimático e um método químico, utilizando detergente aniônico. Objetivo: Desenvolver e validar, experimentalmente, protocolos de descelularização da aorta torácica e abdominal e carótidas de coelhos, comparando seu potencial de biocompatibilidade e recelularização in vivo. Material e método: Foram extraídos segmentos de aorta torácica, aorta abdominal, carótidas comuns e cajado da aorta de coelho New Zealand, e submetidos a dois protocolos de descelularização distintos: o grupo TP foi descelularizado por tripsina 0,1% e o grupo TX pelo detergente Triton-100 0,25%. Ambos foram complementados por incubação com endonucleases. A eficácia da descelularização foi avaliada em microscopia óptica por Hematoxilina e Eosina (HE) para avaliação da estrutura tecidual e por imuno-histoquímica, por DAPI, para a observação de núcleos remanescentes, e pelas proteínas de matriz colágeno-I, laminina-β1, para integridade da matriz extracelular. Resultados: Os dois protocolos de descelularização, obtiveram resultados positivos quanto à remoção de antígenos e manutenção da matriz extracelular. As colorações DAPI e HE mostram remoção nuclear eficiente em ambos os métodos. O uso de HE e proteínas de matriz extracelular em imuno-histoquímica, revelou melhor preservação desta no protocolo de descelularização por tripsina, comparado ao Triton-X. Conclusão: A descelularização permite a remoção de células antigênicas em enxertos vasculares, mantendo a integridade da estrutura do vaso. Dessa forma, espera-se a utilização destes enxertos in vivo, descelularizados com possibilidade de povoamento com células do próprio hospedeiro

Palavras Chave

Descelularização; Enxertos vasculares; Biocompatibilidade

Área

CIRURGIA CARDIOVASCULAR

Categoria

Pesquisador

Autores

LUIZ FERNANDO KUBRUSLY, FERNANDA PREHS IZAR, JOÃO LUCCHESE PIOVESAN, FERNANDO BERMUDEZ KUBRUSLY, LEONARDO MOREIRA DIAS, TAIANE BELINATI