Dados do Trabalho
Título
PANORAMA DE ÓBITOS POR ARRITMIAS NO BRASIL: 2012 A 2022
Resumo
Introdução: Arritmias cardíacas são distúrbios marcados por irregularidades no ritmo ou frequência dos batimentos cardíacos, oriundos de fatores como alterações hidroeletrolíticas, genéticas, estruturais ou complicações de procedimentos. Essas condições têm uma taxa de mortalidade crescente no Brasil. Objetivo: Examinar os alicerces epidemiológicos dos óbitos por arritmias cardíacas no Brasil, enfatizando causas, perfis demográficos dos pacientes e tendências temporais de 2012 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo de dados coletados do sistema Tabnet do DATASUS na categoria de Mortalidade. As arritmias foram selecionadas a partir das categorias de CID-10 disponíveis no capítulo de doenças do aparelho circulatório. Os cálculos foram realizados na plataforma EXCEL. Resultados: No período de 2012 a 2022, o Brasil registrou 104.853 óbitos por arritmias elucidou uma predominância de 43,3% dos casos oriundos de arritmias de etiologias variadas, seguidas por complicações de flutter e fibrilação atrial (FFA), com 41,2%. Em seguida, os óbitos por bloqueio atrioventricular e do ramo esquerdo (BAVRE; 10,7%) e por taquicardia paroxística (TPX; 4,2%) alcançaram percentuais menores. O número de óbitos por arritmia cresceu gradualmente em 52,2% no período, atingindo um ápice de 11.960 casos em 2022. No entanto, na categoria de arritmias de causas variadas houve uma diminuição de 19,3% entre 2015 e 2018, e na TPX de 6,3% entre 2013 e 2015. O sexo feminino foi prevalente em 54,3% dos óbitos, mantendo esse padrão em cada subtipo, exceto na TPX, em que houve predominância masculina (54,8%).Em termos étnicos, a população branca foi a mais impactada (63,9%), seguida pelos grupos pardo (27,7%), preto (7,3%) e indígena (0,1%). Com relação à idade dos pacientes, o número de óbitos cresce exponencialmente com o avançar da idade, atingindo o pico entre os mais de 80 anos, que representaram 49,2% dos casos, com menores taxas de incidência notadas em faixas etárias mais jovens, onde aqueles entre 5 a 9 anos foram os menos afetados (0,05%). Conclusões: O cenário brasileiro no período estudado demonstrou tendência crescente no número por arritmias, com uma predominância notável de casos oriundos de etiologias variadas e por FFA. O perfil demográfico revelou que as pacientes do sexo feminino foram as mais afetadas em geral, com exceção nos casos de TPX. Além disso, observou-se uma proeminência de óbitos entre indivíduos de idade avançada e da etnia branca.
Palavras Chave
Arritmias; Óbitos; Perfil Epidemiológico
Arquivos
Área
ARRITMIAS CARDÍACAS/ ELETROFISIOLOGIA/ ELETROCARDIOGRAFIA
Categoria
Jovem Pesquisador
Autores
KAUÊ MAGALHÃES CASTRO DOS SANTOS, TALITA ALVES HARROP, GISELE ROCHA LOPES, HENRICK VINÍCIUS PRADO DANTAS, LAIZA MARCELLY VIEIRA VALENTE, MARIA EDUARDA GARCIA DE AZEVEDO, WILLIAN ALVES COSTA