Dados do Trabalho


Título

EFEITOS DOS INIBIDORES DE SGLT2 NOS FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME CORONARIANA AGUDA: REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Introdução: Os inibidores do cotransportador de sódio e glicose tipo 2 (SGLT2) têm demonstrado relevância clínica para além do tratamento de diabetes mellitus. A sua contribuição para o sistema cardiovascular é evidente, em destaque no manejo do paciente com Insuficiência Cardíaca (IC) com fração de ejeção reduzida. Os amplos efeitos cardiovasculares dessa classe indicam ações metabólicas referentes a processos anginosos, o que pode estar relacionado a outros impactos positivos dessa medicação. Objetivo: Compreender a relação dos inibidores do SGLT2 em processos anginosos e alterações cardiovasculares. Métodos: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados dos últimos cinco anos com busca realizada na base de dados BVS e PubMed com descritores indexados na plataforma DeCS/MeSH junto aos operadores booleanos (AND/OR): Acute coronary syndrome AND Sodium-Glucose Transporter 2 Inhibitors OR SGLT2. A partir da estratégia de busca e metodologia PRISMA foram encontrados noventa artigos e por aplicação de filtro para seleção de apenas estudos clínicos randomizados, doze artigos formaram a amostra para avaliação de título, resumo, palavras chave e metodologia de forma separada pelos revisores. Após a avaliação quatro compuseram a amostra para leitura na íntegra. Resultados: O inibidor da classe mais utilizado nos estudos foi a empagliflozina em dose de dez miligramas por dia durante oito a vinte e quatro semanas. O uso de inibidores do SGLT2 apresentou melhora em fatores de risco cardiovasculares para angina instável e infarto do miocárdio em relação aos grupos placebo. Houve redução de frequência de eventos cardiovasculares, maior tolerância a atividades físicas, maior controle de colesterol não-HDL, glicemia, peso corporal e pressão arterial. A turbulência cardíaca geral foi reduzida a partir da menor expressão de alterações no eletrocardiograma e no intervalo menor de variação da frequência cardíaca. Os efeitos colaterais mais comuns foram aumento da micção, náuseas e vômitos. Conclusão: As ações de impacto dessa classe têm demonstrado atuação em múltiplos contextos cardiovasculares com alterações positivas e de controle em fatores de riscos modificáveis como dislipidemia, turbulência cardíaca e hipertensão. O aumento dessas evidências demonstram a importância de mais estudos para compreender e validar os impactos dos inibidores de SGLT2 no controle de riscos para a SCA.

Palavras Chave

síndrome coronariana aguda; Inibidores do cotransportador de sódio e glicose tipo 2; Sistema cardiovascular

Área

FARMACOLOGIA CARDIOVASCULAR

Categoria

Iniciação Científica

Autores

GIULIANO NASCIMENTO GONCALVES, LUARA CRISTIELLY MAGALHÃES