Dados do Trabalho

Título

Treinamento Resistido Melhora a Hemodinâmica Cardiovascular em Idosos e Relaciona-se com a Melhora do Desbalanço Autonômico

Resumo

Introdução: O coração não segue uma regularidade absoluta em seus batimentos. Portanto, variações na frequência cardíaca (FC), conhecidas como variabilidade da frequência cardíaca (VFC), são consideradas normais e esperadas. Essas variações indicam a capacidade do coração em responder a diversos estímulos fisiológicos e ambientais, incluindo respiração, exercício físico, estresse mental, mudanças hemodinâmicas e metabólicas, sono e posição ortostática, além de compensar desequilíbrios causados por doenças. Essas variações se intensificam no envelhecimento, comprometendo a condução cardíaca e reduzindo a função barorreflexa cardiovascular, resultando em uma diminuição da VFC, e esse decréscimo pode aumentar a probabilidade de doenças cardiovasculares. Objetivos: Nesse sentido, o presente estudo avaliou os efeitos específicos do treinamento físico resistido (TFR) sobre a resposta hemodinâmica cardiovascular e VFC em idosos. Material e Métodos: Um grupo de 64 idosos, de ambos os sexos, com idades entre 65 e 80 anos, foi aleatoriamente dividido em dois grupos: Grupo Controle (Cont; n = 32; sem qualquer tipo de intervenção) e Grupo Treinado (Exe; n = 32; submetido a treinamento resistido). O treinamento foi conduzido em intensidade moderada (75-80% de 1 RM), 3x/semana, durante 3 meses. Antes e após o período de 3 meses, ambos os grupos foram submetidos a aferições da pressão arterial e a uma análise hemodinâmica cardiovascular utilizando cardiografia de impedância (Physioflow®, Bristol, EUA), enquanto a VFC foi avaliada pelo ECG digital da TEB (São Paulo, Brasil), coletado por 10 minutos. Resultados: O TFR resultou em melhora do volume sistólico (Figura 1A; p<0.0289), o volume diastólico final (Figura 1B; p<0014), a resistência vascular sistêmica (Figura 1C; p<0.0148), e o débito cardíaco (Figura 1D; p<0.0304). O TFR também resultou na melhora dos intervalos normais a normais (NNs) (Figura 2A; p<0.02), componentes de muito baixa frequência (VLF) (Figura 2B; p<0.04), e o índice triangular (Figura 2C; p<0.01), enquanto os outros parâmetros da VFC mantiveram-se inalterados (p>0.05). Conclusão: Os resultados demonstraram que o treinamento físico resistido foi capaz de induzir uma melhora hemodinâmica cardiovascular em idosos, os quais foram acompanhados por uma melhora na variabilidade da frequência cardíaca, indicando um efeito positivo sobre o desbalanço autonômico.

Palavras Chave

hemodinâmica; Idoso; Treinamento físico.

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