Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DOS CASOS DE INTERNAÇÃO POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS PERÍODOS PRÉ, DURANTE E PÓS PANDEMIA DO COVID-19.

Resumo

INTRODUÇÃO: A infecção pelo coronavírus pode causar disfunções cardiovasculares e danos à célula cardíaca, o que aumenta o risco de complicações cardíacas como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), especialmente em pessoas com risco cardiovascular preexistente. OBJETIVOS: Comparar os casos de internação por infarto agudo do miocárdio entre os períodos pré, durante e pós pandemia do Covid-19. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, do tipo descritivo e transversal, com análise quantitativa, baseado em dados oriundos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Realizou-se uma comparação do número de casos de internação por infarto agudo do miocárdio entre as regiões do Brasil, englobando o período pré-pandêmico (fevereiro de 2017 a fevereiro de 2020), o pandêmico (março de 2020 a maio de 2023) e o pós-pandêmico (junho de 2023 a fevereiro de 2024). RESULTADOS: Após análise dos três grandes momentos em questão, foi registrado que no período pré-pandêmico houve um total de 376.511 casos, no período pandêmico houve 479.695 casos e no período pós-pandêmico houve 131.580 casos. Dessa forma, observou-se um importante aumento do número de internações associadas ao período de pico do Covid-19. Porém, no momento posterior, houve uma queda de mais de 70% das internações por IAM no período considerado pós pandemia. Além disso, pode-se destacar também que em todos os intervalos de tempo a Região Norte foi a menos acometida, com, respectivamente, 4,27%, 4,44% e 4,36% das internações. E, por outro lado, a Região Sudeste manteve-se constante com o maior acometimento, apresentando, respectivamente, 49,35%, 48,56% e 48,43% das internações. CONCLUSÃO: Logo, observa-se um aumento de 27,40% do número de internações por Infarto Agudo do Miocárdio no período da pandemia do Covid-19 quando em comparação com o período antecedente, o que evidencia a elevada relação do coronavírus com a patologia cardíaca em questão, aumentando a ocorrência e probabilidade de acometimento. Além disso, a posterior queda do número de casos pode estar relacionada tanto com a memória imunológica da população ao vírus quanto com o evidente avanço tecnológico de manejo hospitalar evidenciado pós-pandemia. Por fim, é importante ressaltar que o constante menor número de casos na Região Norte pode estar associado à subnotificação.

Palavras Chave

Infarto do Miocárdio; Pandemia; Covid-19

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

LUIZA LAMARTINE NOGUEIRA ARAÚJO, JULIANA MENDES COELHO, FREDERICO ITÃ MATEUS CARVALHO OLIVEIRA MIRANDA, DEIVISON LUIDY PINHEIRO FARIAS, NATALIA BRASILEIRO PEREIRA, ANNA ALICE PANTOJA DE PAIVA, GIOVANNA VICTORIA QUEIROZ BENTES, FERNANDO FRANKLIN FERREIRA DA COSTA, MARIA EDUARDA RIBEIRO PEREIRA, HILDA CARLA AZEVEDO GOES