Dados do Trabalho


Título

Prevalência de pacientes com alto risco cardiovascular no nordeste brasileiro

Resumo

INTRODUÇÃO: Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte global,
especialmente a doença arterial coronariana (DAC), influenciada por diversos fatores de
risco, sendo o controle destes fundamental para que se obtenha êxito terapêutico. Para isso, é
necessário estratificar os fatores identificados, o que pode ser feito pelo Escore de Risco
Global (ERG) de Framingham, classificando o paciente em baixo, intermediário, alto e muito
alto risco para eventos cardiovasculares futuros. OBJETIVO: Determinar a prevalência de
alto risco cardiovascular (RCV), utilizando o ERG, na região Nordeste do Brasil com dados
da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). METODOLOGIA: Estudo transversal, analítico e
retrospectivo das informações da PNS de 2013 e da subamostra de exames laboratoriais e
medidas antropométricas coletadas entre 2014/2015, utilizando o software Microsoft Excel
para sistematização, cálculo e classificação do RCV. A análise dos parâmetros (idade, taxa de
filtração glomerular, níveis de colesterol total, Low Density Lipoprotein (LDL) e High
Density Lipoprotein (HDL), pressão arterial sistólica, tabagismo e diagnóstico de diabetes)
baseou-se no ERG para o cálculo. Pacientes com doença renal crônica (DRC) ou com LDL ≥
190 mg/dL já foram classificados como alto RCV. RESULTADOS: Foram avaliados 3.053
pacientes dos quais 1.796 eram mulheres (58,84%). A média de idade da amostra foi 45,6
anos. A hipertensão ocorreu em 689 pessoas (66,61% mulheres); o diabetes em 195 (67,69%
mulheres); tabagismo em 329 (53,79% homens); HDL ≤40mg/dl em 539 (42,3% mulheres) ;
DRC em 55 pessoas (70,9% mulheres); LDL ≥190mg/dl em 22 (81,81% mulheres) e
obesidade em 588 (50,51% mulheres). Após a estratificação pelo ERG, foram considerados
de alto risco 33,5% dos indivíduos e 26,37% intermediário. CONCLUSÃO: A análise
epidemiológica na região Nordeste revela considerável parte da população com alto RCV,
sendo o perfil mais prevalente: mulher, > 45 anos, com HAS, DM e hipercolesterolemia. Tal
fato sugere alta possibilidade de eventos ateroembólicos nos 10 anos em que sucedem a
pesquisa. Assim, urgem intervenções direcionadas para esse público, a fim diminuir a
incidência de complicações graves, como DAC e acidentes vasculares cerebrais.

Palavras Chave

Epidemiologia; Prevalência; Prevenção de doenças

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

LUAN DE SOUSA OLIVEIRA, ANA CLARA TAVARES DANTAS NOGUEIRA, LARA MILENA SANTOS SILVA, JOCÉLIA MARTINS CAVALCANTE DANTAS