Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA GRAVE E DISFUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA ASSISTIDOS NA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL

Resumo

Introdução
A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de insuficiência cardíaca com fração de ejeção de ventrículo esquerdo reduzida e tem valor prognóstico na determinação de risco de eventos adversos (morte, infarto do miocárdio, angina instável). Pacientes (pctes) com disfunção ventricular esquerda e fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≤50% apresentam um risco maior de eventos adversos de 5% a 15% após 05 anos.

Objetivo(s)
O objetivo primário é avaliar a mortalidade de pctes com DAC e alteração da contratilidade de ventriculo esquerdo (VE) atendidos nos serviços de saúde pública do Distrito Federal. Os objetivos secundários são avaliar o perfil sociodemográfico e comparar a mortalidade conforme o tratamento proposto.

Métodos
Uma coorte retrospectiva foi realizada a partir da revisão dos prontuários e relatórios de procedimentos de pctes portadores de DAC submetidos à cineangiocoronariografia invasiva (CCG) no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2015. A ocorrência de óbito foi constatada pela consulta ao Sistema Informatizado de Mortalidade (SIM). Foram excluídos os pctes que não tinham prontuários ou laudos de procedimentos acessíveis ou estavam incompletos. A consulta ao SIM foi realizada em dezembro de 2020.

Resultados
De 3.599 pctes portadores de DAC submetidos à CCG no período, a contratilidade VE foi avaliada em 2.830 pacientes (78,6%), estando alterada em 2.036 pacientes (57,2%). Neste grupo o gênero masculino predominou com 1.259 (61,83%) pctes e a idade média foi 62,1 (DP 11,94) anos. As formas agudas da DAC representaram 59,97% (1.221) da amostra e o diabetes mellitus estava presente em 32,31% (658). O tratamento clínico foi adotado em 1.150 (56,48%) pctes, a intervenção coronária percutânea (ICP) em 604 (29,66%) e o procedimento cirúrgico (CRM) em 282 (13,85%). A mortalidade foi 11,9% (242) comparada a 7,80% no grupo com contratilidade normal. A presença de alteração da contratilidade VE foi associada significativamente a maior mortalidade (RR 1,493, IC 95% 1,18 – 2,08, p=0,006). O tratamento clínico foi indicado em 1.150 (56,48%), a ICP 604 (29,66%) e a CRM em 282 (13,85%). Observou-se redução na mortalidade no grupo tratado com ICP (RR 0,755, IC 95% 0,605 – 0,941, p=0,01).

Conclusão
A presença de alteração da contratilidade de VE foi associada significativamente a maior mortalidade neste grupo de pctes. Ao avaliarmos as formas de tratamento, a ICP esteve associada a uma redução significativa da mortalidade.

Palavras Chave

Doença Arterial Coronariana; Disfunção Ventricular Esquerda; Tratamento

Arquivos

Área

DOENÇA CORONÁRIA AGUDA E CRÔNICA / TROMBÓLISE

Categoria

Pesquisador

Autores

GUSTAVO DE ALMEIDA ALEXIM, LUIS CARLOS VIEIRA MATOS, DANIEL FRANÇA VASCONCELOS, ANA PATRICIA GUSTAVO DE DE PAULA