Dados do Trabalho

Título

Análise epidemiológica da morbimortalidade hospitalar por insuficiência cardíaca no Brasil na primeira infância nos últimos 10 anos

Resumo

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) na primeira infância é um desafio de saúde pública. No contexto brasileiro, compreender a epidemiologia e os fatores de risco associados à insuficiência cardíaca nessa faixa etária é fundamental para melhorar os cuidados e reduzir a mortalidade infantil relacionada a doenças cardíacas
Objetivo: Este estudo visa analisar a morbimortalidade hospitalar por IC na primeira infância no Brasil, utilizando dados do DATASUS, em busca de direcionar estratégias de saúde mais eficazes.
Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo a partir de dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre as internações, óbitos e taxa de mortalidade por insuficiência cardíaca na primeira infância, até os 4 anos, no Brasil no período de março de 2014 a março de 2024. As variáveis utilizada foram região, faixa etária e sexo
Resultados: No total, foram registradas 19.024 internações, 1.538 óbitos e uma taxa de mortalidade de 8,08 para a faixa etária de 0 a 4 anos. Na faixa etária de 0 a 1 ano, ocorreram 12.615 internações, 1.248 óbitos e uma taxa de mortalidade de 9,89, enquanto na faixa etária de 1 a 4 anos, foram registradas 6.409 internações, 290 óbitos, com uma taxa de mortalidade de 4,52. Dentre as regiões do país, o Nordeste apresentou a menor taxa de mortalidade (7,29) e maior número de internações (6.724) e o Sudeste a maior taxa de mortalidade (9,12) sendo a segunda maior com número de internações (4.541). O sexo masculino e feminino apresentou taxa de mortalidade de 7,97 e 8,21 respectivamente.
Conclusão: Com base nos resultados apresentados, pode-se concluir que a insuficiência cardíaca na primeira infância é uma preocupação significativa de saúde pública no Brasil, com destaque a população pediátrica de 0 a 1 ano. A taxa de mortalidade varia também por região, sendo o Norte com maior taxa de mortalidade, sexo e cor/raça, destacando a necessidade de políticas de saúde específicas e intervenções direcionadas para reduzir as disparidades e melhorar os resultados de saúde para essa população vulnerável.

Palavras Chave

insuficiência cardíaca; População pediátrica; Mortalidade infantil.