Dados do Trabalho

Título

Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva Grave e Cardioversor-Desfibrilador Subcutâneo (CDI-S): uma meta-análise

Resumo

Fundamento: Um cardiodesfibrilador subcutâneo (CDI-S) é uma alternativa ao cardiodesfibrilador implantável transvenoso (CDI-TV). Um CDI-S reduz o risco de colocação de chumbo transvenoso. No entanto, mais pesquisas são necessárias para determinar como os CDI-S afetam pacientes com cardiomiopatia hipertrófica (CMH). Investigamos a eficácia e a segurança dos CDI-S na CMH.
Métodos: Em dezembro de 2023, realizamos uma busca abrangente nas bases de dados PubMed, Embase e Scopus para identificar estudos comparando CDI-S com CDI-TV em pacientes com CMH. Os desfechos significativos estudados foram choques apropriados (EA), choques inapropriados (EAI) e complicações relacionadas ao dispositivo. Odds ratios (ORs) e intervalos de confiança (IC) de 95% foram agrupados usando um modelo de efeitos aleatórios.
Resultados: A busca resultou em 1.142 registros. Foram incluídos sete estudos com 4.143 pacientes com CMH, dos quais 3.325 (76,4%) tinham CDI-TV e 1.022 (22,6%) tinham CDI-S. Havia 2.564 homens (65,4%). A idade variou de 39,1 a 49,4 anos. Em comparação com o grupo TV-CDI, a coorte S-CID teve uma incidência significativamente menor de complicações relacionadas ao dispositivo (OR 0,52; 95% IC: 0,30–0,89; p=0,02; I2=4%). Por outro lado, não houve diferenças estatisticamente significativas na ocorrência de EA (OR 0,49; 95% IC: 0,22–1,08; p=0,08; I2=75%) e IAS (OR 1,03; 95% IC: 0,57–1,84; p=0,93; I2=65%) entre as duas modalidades de aparelhos.
Conclusão: Em pacientes com CMH, os CDI-S foram associados a uma menor incidência de problemas associados ao dispositivo do que os CDI-TV. As taxas de incidência de choque apropriado e inapropriado foram semelhantes entre os grupos.

Palavras Chave

Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva; Meta-analysis