Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO BRASIL DE 2014 A 2023

Resumo

INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é um problema de saúde pública de dimensão global. Ela é responsável por gerar encargos financeiros elevados para os doentes, hospitais e sistemas de saúde. No Brasil, a IC constitui uma das principais causas de hospitalização para adultos. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico das internações por insuficiência cardíaca no território brasileiro, entre os anos de 2014 e 2023. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional descritivo de base populacional, com abordagem quantitativa, realizado mediante dados secundários disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), obtidos por meio do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Para a análise, foram coletados dados referentes às internações por Insuficiência Cardíaca no país, de janeiro de 2014 a dezembro de 2023. O conteúdo das tabelas consistiu nas morbidades contidas no Capítulo IX da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), Categoria I50, sendo aplicadas as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, cor/raça, região, ano de atendimento, caráter de atendimento, tempo médio de atendimento, valor médio por internação e taxa de mortalidade. RESULTADOS: No período de 2014-2023, no Brasil, ocorreram um total de 2.008.665 internações por insuficiência cardíaca, sendo que, a região Sudeste lidera no número de internações, tendo sua maior parte advinda de São Paulo. Do total de pessoas internadas, 51,7% são do sexo masculino, com predomínio em pessoas brancas, com idade entre 70 e 79 anos. Ao analisar-se o número de internações totais por ano, observa-se valores aproximados entre si, sendo que o ano com menor expressão é o de 2021 com 163.453 internações e o de maior o de 2014 com 224.337 hospitalizações. Além disso, verificou-se que cerca de 94,8% dessas internações foram em caráter de urgência. O valor médio por internação foi de 1.798 reais, sendo que, o ano de 2013 registrou a maior média de permanência hospitalar, com 10,5 dias. Em relação à taxa de mortalidade, em 2021 houve a maior taxa registrada de 13,54. CONCLUSÃO: Os dados revelam uma demanda expressiva por serviços especializados, principalmente devido ao elevado número de internações e sua predominância em caráter de urgência. Tais desafios sublinham a necessidade de estratégias que promovam o cuidado preventivo em insuficiência cardíaca no Brasil, a fim de reduzir hospitalizações e melhorar desfechos, especialmente na população idosa.

Palavras Chave

Epidemiologia; insuficiência cardíaca

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

ITAMAR FERNANDES SOUZA JÚNIOR, GABRIEL ALVES BARBOSA, CHARLES KAREL MARTINS SANTOS, MARIA CLARA RAMOS MIRANDA, MELISSA SILVA MARIANO, GIOVANNA MARTINS MILHOMEM, AMANDA GÊA GOMES GONÇALVES, ABNER FONSECA DE ARAÚJO, LUIS FELIPE MATIAS RODRIGUES E CASTRO, VICTOR TAUIL RIBEIRO, CARLOS EDUARDO MACEDO REGO, OTAVIANO OTTONI DA SILVA NETTO