Dados do Trabalho

Título

A REGIÃO NORTE NÃO ACOMPANHOU A TENDÊNCIA NACIONAL DE MELHORA NO ATENDIMENTO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE JANEIRO DE 2019 A MARÇO DE 2024.

Resumo

INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma condição médica ocasionada pela obstrução do fluxo sanguíneo para o tecido cardíaco, sendo uma das principais causas de morbimortalidade global. Por isso, requer reconhecimento precoce e intervenção médica imediata para prevenir danos permanentes e, possivelmente, fatais. OBJETIVO: Analisar as taxas de óbitos e internações por IAM na Região Norte em relação às demais regiões brasileiras no período de janeiro de 2019 a março de 2024. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo sobre óbitos e internações por IAM na região Norte, cuja coleta de dados fora realizada a partir do DATASUS. As informações foram registradas dentro do período de janeiro de 2019 a março de 2024, utilizando-se as variáveis região e ano de processamento. RESULTADOS: Nos últimos anos, observou-se um número expressivo de internações por IAM no Brasil, com um aumento de 63,8% no número total de internações entre o primeiro trimestre de 2019 e 2024. Porém, houve uma redução total de 5,6% na taxa de óbitos por internação no mesmo período (16,2% em 2019 e 10,6% em 2024), refletindo uma melhora na resolutividade do sistema de saúde. Na região Sudeste, com os maiores índices de internação por IAM (média de 538,2 por mês de 2019 a 2024), a taxa de óbitos por internação no primeiro trimestre foi de 16,5% em 2019 e 9,96% em 2024 – refletindo melhora similar à observada no restante do país. No Norte do Brasil (com a menor média de internações - 50,9 por mês), porém, a redução na taxa de óbitos foi de apenas 0,9% (13,9% em 2019 e 13% em 2024) - revelando discrepância significativa em relação ao avanço nacional. Essa diferença não se relacionou com um aumento exacerbado de internações na região Norte, já que este foi de apenas 3,16%, comparado com 82,5% no Sudeste. Nas demais regiões, a redução na taxa de óbitos por internação foi de: 3,5% no Nordeste, 5,5% no Sul e 7,2% no Centro-Oeste. CONCLUSÃO: Os resultados revelam uma tendência preocupante de aumento nas internações por IAM em todo o Brasil, contrastada por uma queda na taxa de óbitos por internação. Tal redução indica uma melhoria na resolutividade do sistema de saúde, embora variações regionais significativas tenham sido observadas, com a região Norte apresentando menor expressividade nos avanços. Essas disparidades ressaltam a necessidade de políticas públicas de saúde regionalizadas para garantir uma abordagem equitativa e eficaz no enfrentamento do IAM em todo o país.

Palavras Chave

Infarto Agudo do Miocárdio; Internações; óbitos.

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