Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇÃO DAS NOVAS EQUAÇÕES DE MARTIN/HOPKINS E SAMPSON PARA O CÁLCULO DO COLESTEROL DE LIPOPROTEÍNA DE BAIXA DENSIDADE EM PACIENTES HIPERTENSOS

Resumo

Introdução: As proteínas de baixa densidade (LDL-c) são as principais moléculas carreadoras de colesterol. Devido a sua fisiologia, o LDL-c está intimamente relacionado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV), como a aterosclerose. O processo de desenvolvimento da DCV passa a ser mais preocupante em pacientes com doenças crônicas, como a hipertensão arterial sistêmica (HAS). Devido a isso, o controle dos níveis desses lipídios é essencial para a redução do risco cardiovascular (RCV). A mensuração do LDL-c é necessária, entretanto, a equação de Friedewald é pouco acurada naqueles com LDL-c < 70 mg/dL ou triglicerídeos (TG) > 400 mg/dL. Como solução, outras duas equações foram desenvolvidas, de Martin-Hopkins e de Sampson, em que ambas podem ser utilizadas mesmo com níveis mais altos de TG, sendo benéficas para a avaliação do risco cardiovascular (RCV) em pacientes com HAS. Objetivo: Avaliar a precisão e utilidade das novas equações para cálculo do LDL-c em pacientes com HAS. Metodologia: Tratou-se de um estudo retrospectivo com coleta de dados clínicos e laboratoriais, como perfil lipídico, comorbidades e gênero, de 200 pacientes diagnosticados com HAS em uma Unidade Básica de Saúde do município de Paulo Afonso-BA. Os dados foram tabulados e os valores de LDL-c obtidos por cada fórmula tiveram sua eficácia comparada. Resultados: Houve uma proporção de 1,7 mulheres para 1 homem. Entre os dados obtidos, 5% apresentaram TG>400mg/dL, e 8,5% LDL-c<70 mg/dL, o que prejudicaria a avaliação do LDL-c calculado tradicionalmente. Ao comparar o uso das três fórmulas, a de Sampson foi a que resultou em valores de LDL-c mais elevados. A média de diferença entre os valores de LDL-c foi de 3,1 entre Martin-Hopkins e Friedewald, e 2,9 entre Sampson e Friedewald. Conclusão: Sabendo que o LDL-c é uma partícula aterogênica, a qual influencia no desenvolvimento de DCV, e sua redução é a base da prevenção, obter seu valor de forma acurada é essencial. Notou-se que a utilização da fórmula de Friedewald limita essa análise e pode levar a um tratamento sub-ótimo por apresentar valores de LDL-c menores. Dessa forma, a fórmula de Sampson demonstrou ter mais acurácia por seu espectro maior de aplicabilidade, além de apresentar valores de LDL-c que, possivelmente, são mais aproximados ao valor real, o que tornaria o tratamento e o desenvolvimento de metas terapêuticas mais adequadas, principalmente em pacientes com HAS, que já apresentam RCV mais elevado.

Palavras Chave

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA; Risco Cardiovascular; Dislipidemia

Área

ATEROSCLEROSE / FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES / PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR

Categoria

Iniciação Científica

Autores

DOMINGOS SAVIO DE OLIVEIRA E SILVA, MARIA AUGUSTA MAIA E SOUZA BESERRA, ANNA PAULA BITTENCOURT FRANCO DE SOUZA , GABRIELA SANTOS ANDRADE, MARIA ALYNE DE SÁ FERREIRA, HIDEKI ZIMERMANN KAMITANI, PEDRINA TAVARES ALMEIDA, VANESSA ELLEN SILVA CARMO, RODRIGO MENDES, JOHNNATAS MIKAEL LOPES, PEDRO PEREIRA TENÓRIO, VANESSA SOUZA SILVA MEDRADO