Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR ARTEROSCLEROSE NAS REGIÕES BRASILEIRAS ENTRE 2016 E 2023.

Resumo

INTRODUÇÃO: A aterosclerose é uma condição cardiovascular crônica caracterizada pelo acúmulo progressivo de placas de gorduras nas paredes das artérias, que são capazes de obstruir o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de eventos cardiovasculares graves. A progressão da doença é mediada por processos inflamatórios e de remodelação vascular, bem como por fatores genéticos e comportamentais, resultando em estreitamento e endurecimento das artérias afetadas. Logo, no Brasil a aterosclerose representa uma das principais causas de morbimortalidade, sendo fundamental investigar seu padrão de incidência nas diversas regiões do país. OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico das internações por aterosclerose durante o período de 2016 a 2022 entre as regiões brasileiras. MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo e quantitativo. A coleta dos dados foi realizada a partir dos registros do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) acerca das internações hospitalares associadas à aterosclerose entre os anos de 2016 e 2023. As variáveis utilizadas na busca foram: Região, faixa etária, sexo e cor/raça. RESULTADOS: No período de 2016 e 2023, foram notificados 216.140 internações associados à aterosclerose no Brasil. Em relação a este todo, a maior parte das internações ocorreram na região Sudeste (48,17%), seguida pelo Nordeste (23,97%), Sul (19,92%), Centro-Oeste (5,84%), e Norte (2,10%). Também, foi observado uma maior quantidade de internações pelo sexo masculino, com um total de 121.601 casos notificados. Quanto as faixas etárias, cerca de 90% das internações foram relatadas nos indivíduos com 50 anos ou mais. Tendo em consideração a etnia, houve uma prevalência da raça parda (37,37%) e branca (37,95%). CONCLUSÃO: Diante do exposto, destaca-se o grande percentual de internações na região Sudeste, que, por ser uma região altamente urbanizada, inclui uma população permeada por maus hábitos alimentares, sendo um possível fator justificante dessa elevada taxa. Além disso, a maior incidência no sexo masculino pode ser relacionada à ausência do hormônio estrogênio, o qual está presente apenas em mulheres e possui ação protetor contra riscos cardiovasculares. O maior risco apresentado em indivíduos acima dos 50 anos evidencia associação entre a senescência e a maior suscetibilidade a doenças. Por fim, nota-se que as etnias pardas e brancas prevalecem e, possivelmente estão ligadas à fatores genéticos.

Palavras Chave

Aterosclerose; Riscos cardiovasculares; Perfil Epidemiológico.