Dados do Trabalho


Título

Reabilitação cardiopulmonar domiciliar em paciente idoso e hipertenso com sequelas decorrentes da COVID-19 grave: relato de caso

Resumo

Introdução: As sequelas decorrentes da COVID-19 grave podem persistir a longo prazo. A reabilitação cardiopulmonar é eficaz em melhorar da capacidade física e qualidade de vida, podendo ser uma intervenção efetiva no tratamento destes pacientes. O objetivo do presente relato é avaliar os efeitos de um programa de reabilitação cardiopulmonar domiciliar, em um paciente idoso e hipertenso, com sequelas de COVID-19 grave. Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, 74 anos, médico em atividade e hipertenso. Relatou quadro inicial de tosse seca, febre e falta de ar. Procurou assistência médica e foi administrado oxigenioterapia. Evoluiu com piora do quadro, sendo internado e diagnosticado com COVID-19, associada a pneumonia. No segundo dia de internação foi submetido a intubação, permanecendo por 7 dias. Em seguida obteve alta hospitalar 12 dias após a extubação, totalizando 20 dias de internação. Paciente procurou serviço de reabilitação cardiopulmonar, sendo atendido por uma fisioterapeuta em domicílio, realizando 24 sessões de uma hora por dia. Na avaliação inicial e final, foi realizada medidas de função pulmonar pelo pico de fluxo expiratório (PFE) e pressões inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx) máximas. A capacidade física foi avaliada pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6’) e força de pressão palmar. O protocolo de tratamento baseou-se em treinamento físico aeróbico em cicloergômetro portátil, com progressão semanal, evoluindo para subir e descer escadas. Foram associados exercícios de fortalecimento global, iniciando-se com uma série de 12 repetições, até três séries de 15 repetições. Exercícios respiratórios, por meio de exercícios de conscientização diafragmática e fortalecimento muscular inspiratório, iniciando com três séries de 10 repetições e progredindo para 20 repetições. Foi observada melhora expressiva na distância percorrida do TC6’, de 240 para 510 metros, sendo a distância predita para o paciente de 498 metros. Do mesmo modo houve aumento na força de preensão palmar do membro direito de 21,6 para 31,8kgf; do membro esquerdo de 18,7kgf para 26,3kgf. Por fim, observamos também aumento no PFE de 340 para 770 L/min, na PImáx de 60 para 85cmH2O e na PEmáx de 80 para 95 cmH2O. Conclusões: O programa de reabilitação cardiopulmonar domiciliar promoveu importante melhora na capacidade física, função pulmonar e força muscular de um paciente idoso e hipertenso que apresentava sequelas devido a infecção por COVID-19 grave.

Palavras Chave

Covid-19; Fisioterapia; Reabilitação cardíaca

Área

FISIOTERAPIA

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

VITÓRIA MOREIRA CINTRA, PEDRO OLIVEIRA NETO, DENISE MAYUMI TANAKA, LUCIANA DUARTE NOVAIS SILVA, DOUGLAS REIS ABDALLA, EDUARDO ELIAS VIEIRA CARVALHO