Dados do Trabalho

Título

Tendência temporal e análise de custos de internações por Infarto Agudo do Miocárdio entre 2019 e 2023 no Brasil.

Resumo

Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) revela-se como uma emergência cardíaca, derivada de uma lesão ou morte do miocárdio por falta de suprimento sanguíneo. Essa deficiência no fornecimento de nutrientes, pode ser multifatorial, sendo a causa aterosclerótica a mais comum. Sendo assim, a fim de fornecer tratamento eficaz para os pacientes com IAM, nota-se a necessidade de investimento suficiente para prover as terapias indicadas.Objetivo: Analisar a tendência temporal das internações, nas diferentes regiões brasileiras, por Infarto Agudo do Miocárdio e o valor total gasto para essas hospitalizações entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023.Métodos: Estudo observacional, do tipo descritivo e transversal, com análise quantitativa, baseado em dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Foi coletado o número de internações, anuais, por IAM de 2019 a 2023, em cada região brasileira, a fim de elaborar linhas temporais utilizando o Software Excel 2010, para identificar variações entre regiões. Ademais, foi pesquisado os gastos totais, por região, associados às hospitalizações os quais foram organizados e analisados no mesmo software.Resultados: No tempo analisado, houve um total de 606.059 internações por IAM no país, em que a regiões de maior e menor destaque foram Sudeste com 48,59% dos casos e Norte com 4,43%, respectivamente. Ao longo dos anos, houve um crescimento não linear nas regiões estudadas, exceto em 2023, marcado por um registro menor de internações comparado a 2022. O valor total gasto com essas hospitalizações foi de 2,66 bilhões. Nesse contexto, a região Sudeste teve a maior quantidade de recursos com 48,87% (1,3 bilhões), enquanto a Norte teve a menor com apenas 3,38% (90,3 milhões). Desde 2019, também houve um aumento não linear do valor total gasto em todas as regiões durante os anos estudados, com o maior valor em 2023, exceto na região norte, em que o maior valor foi em 2022.Conclusão: Assim, nota-se que a região Sudeste foi a mais afetada, tanto pelo número de internações quanto pelo valor gasto, enquanto o Norte foi menos afetado. Essa diferença no número de internações pode ser explicada pela discrepância populacional ou pelo estilo de vida regional. Quanto ao valor gasto, a diferença entre regiões recai, principalmente, sobre a assimetria no número de internações em cada uma. Por fim, o declive de internações em 2023 e o aclive no valor gasto pode ser reflexo de melhora de equipamentos e na abordagem terapêutica.

Palavras Chave

Infarto Agudo do Miocárdio; Custos; Internações

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