Dados do Trabalho


Título

A influência da hipertrofia ventricular esquerda sobre a capacidade funcional em pacientes com hipertensão arterial sistêmica

Resumo

Introdução: A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é um mecanismo
compensatório da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e está relacionada com
um aumento sobrecarga cardíaca imposta pela pós-carga devido a
vasoconstrição periférica crônica, o qual gera hipertrofia/hiperplasia de
cardiomiócitos. A redução da cavidade de enchimento ventricular pode
comprometer a capacidade funcional (CF) e elevar o risco cardiovascular. O
monitoramento dessas alterações estruturais parede importante para prevenir a
progressão para Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada e
desfechos negativos em pacientes que sofreram previamente alterações no
remodelamento cardíaco.
Objetivo: Avaliar a escalonamento do grau de CF,
baseado na escala de percepção de esforço, correlacionada ao grau de HVE
em pacientes portadores de HAS.
Métodos: Estudo de coorte retrospectivo,
observacional e transversal. Selecionou-se 735 pacientes que foram
discriminados pela capacidade funcional total de acordo com o escalonamento
de Borg, subdivididos nos critérios de 1 a 5, onde 1 seria excelente, e 5 seria
muito fraca CF, após serem submetidos ao teste de esforço físico máximo
(TE). Admite-se proporcionalmente, da menor para a maior frequência
cardíaca alcançada durante TE, a determinação da CF. Os pacientes foram
subdivididos pelo ecocardiograma (ECO) de acordo com a espessura do septo
ventricular esquerdo (SEPTO), entre 11mm a 17mm, com distintos níveis de
CF. Dessa forma, aplicou-se uma regressão logística do nível de CF de acordo
com o grau de HVE pela espessura do SEPTO. Também, realizou-se a soma
das correlações individuais em cada grupo com espessura de septo distinta, de
11 mm a 17 mm.
Resultados: A análise de dados, demonstra a elevação no
número de casos de piora da função cardíaca de acordo com o aumento do
SEPTO. Observa-se no gráfico, o valor da somatória das curvas de regressão
logística para cada grupo de SEPTO, representado pelo declive da reta de ≅
0,8 (X) à cada aumento de 1 mm de aumento do SEPTO(Y). Caso não
houvesse esta tendência, a declinação deveria estar ≅ 0 (X).
Conclusões: A partir dos resultados alcançados, pode-se concluir que o SEPTO parece
influenciar na resposta de CF, ou seja, quanto maior a espessura de septo
ventricular esquerdo, gradativamente há redução na CF.
Dessa forma, esses achados reforçam a importância da monitorização clínica
pelo ECO e pela intervenção precoce em pacientes com elevação da
espessura septal, para se preservar a piora da função cardíaca em portadores
de HAS.

Palavras Chave

Capacidade funcional; Hipertensão

Arquivos

Área

ATEROSCLEROSE / FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES / PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR

Categoria

Iniciação Científica

Autores

VIVIAN PIRES KASSAB, ISABELA TIEKO CONDE OYAMADA, GUILHERME WESLEY PEIXOTO DA FONSECA, PEDRO HENRIQUE NUNES ALVES DE MENEZES, MARIA JANIEIRE DE NAZARÉ NUNES ALVES, ROBERTO KALIL FILHO