1º Arritmia Nordeste e III Simpósio Norteriograndense de Arritmia Cardíaca

Dados do Trabalho


Título

Análise Epidemiológica das Internações e Óbitos por Transtornos de Condução e Arritmias Cardíacas no Rio Grande do Norte (2014-2024)

Introdução

Os transtornos de condução e arritmias cardíacas são condições que afetam a atividade elétrica do coração, podendo levar a complicações graves e até à morte. A análise dessas condições permite entender melhor sua distribuição e impacto na população, essencial para o planejamento de intervenções de saúde pública.

Objetivo(s)

Analisar o perfil epidemiológico das internações e óbitos por transtornos de condução e arritmias cardíacas no Rio Grande do Norte (RN).

Métodos

Este estudo utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) disponíveis no DATASUS, abrangendo o período de janeiro de 2014 a maio de 2024. As informações foram coletadas e analisadas com base em internações e óbitos por transtornos de condução e arritmias cardíacas, estratificadas por faixa etária, gênero e cor/raça.

Resultados

No período, houve um total de 6.756 internações pela condição, com a maioria dos casos ocorrendo em pacientes com 60 anos ou mais: 1.262 internações na faixa etária de 60 a 69 anos, 1.834 entre 70 e 79 anos, e 1.991 em pacientes com 80 anos ou mais. Entre os mais jovens, as faixas de 20 a 29 anos e 30 a 39 anos apresentaram 145 e 244 internações, respectivamente. Em termos de gênero, a distribuição foi equilibrada com 3.494 internações masculinas e 3.262 femininas. Quanto à etnia, a maioria era identificada como parda (3.113), seguida pelos grupos branca (1.008) e preta (74). O número total de óbitos registrados foi de 327, sendo as faixas etárias com maior número de óbitos as de 60 a 69 anos (55 óbitos), 70 a 79 anos (88 óbitos), e 80 anos ou mais (118 óbitos). A taxa de mortalidade geral foi de 4,84%, com as taxas mais elevadas observadas nas faixas etárias de 70 a 79 anos (4,80%) e 80 anos ou mais (5,93%). A análise por gênero revelou taxas de mortalidade de 4,69% para homens e 5,00% para mulheres. Entre as etnias, a taxa de mortalidade foi maior no grupo preto (6,76%), seguido pelos grupos branca (5,26%) e parda (4,47%).

Conclusões

As internações e óbitos por transtornos de condução e arritmias cardíacas são mais frequentes em idosos, especialmente a partir dos 60 anos. A predominância de casos entre pacientes pardos e a distribuição equilibrada entre gêneros destacam a importância de ações de saúde direcionadas para esses grupos específicos. Essas informações são cruciais para a implementação de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes, adaptadas ao perfil epidemiológico da população do RN.

Palavras Chave

arritmia cardíaca; Transtorno de Conduçã; Anpalise Epidemiológica

Área

Medicina

Instituições

Universidade Potiguar - UNP - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

Thiago Gaban Trigueiro, Waleria Pinper, Pedro Emanuel do Vale Aguiar Filho, Andrezza Vasconcelos do Vale Aguiar, Maria Luiza Capistrano Gonzaga Mendes, Rogério Pereira de Freitas, Hugo Frederick da Mata Rodrigues da Silva, Diana Ribeiro Santana Lecisto, Hiromi Macêdo Kitayama Fujishima