1º Arritmia Nordeste e III Simpósio Norteriograndense de Arritmia Cardíaca

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DO PERFIL DE MORTALIDADE POR ARRITMIAS CARDÍACAS E TRANSTORNOS DE CONDUÇÃO, NO RIO GRANDE DO NORTE, ENTRE 2012 E 2022

Introdução

Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), as arritmias cardíacas são responsáveis pela Morte Súbita Cardíaca (MSC) de aproximadamente 300 mil brasileiros, anualmente. As arritmias podem surgir por alterações na geração, na condução ou na formação e condução dos impulsos cardíacos. Clinicamente, os pacientes podem ser assintomáticos ou manifestar taquicardia, dispneia, dor precordial, síncope, lipotimia e até mesmo MSC. Por isso, dada a elevada morbimortalidade das condições, é válido realizar uma análise epidemiológica, visando a implementação de diagnósticos e terapêuticas direcionadas e adequadas.

Objetivo(s)

Objetiva-se avaliar o perfil de mortalidade por arritmias cardíacas e transtornos de condução, no Rio Grande do Norte, durante 2012 e 2022.

Métodos

Trata-se de um estudo quantitativo, baseado na coleta de dados do DATASUS. Foram avaliados os óbitos de pacientes com arritmias cardíacas e transtornos de condução, entre 2012 e 2022, no Rio Grande do Norte, tendo como filtros o número de mortes, as categorias cardíacas, os municípios do estado, a faixa etária a partir de 10 anos e o sexo.

Resultados

Durante 2012 e 2022, foram notificados 1.091 óbitos, no Rio Grande do Norte. Baseado nas causas cardíacas, o flutter e a fibrilação atrial representaram 505 (46,28%) casos, outras arritmias cardíacas, 389 (35,65%), bloqueio atrioventricular e do ramo esquerdo, 127 (11,64%), taquicardia paroxística, 54 (4,94%), e outros transtornos de condução, 16 (1,46%). O município que liderou o número de mortes foi Natal, com 283 mortes (25,93%), seguido de Mossoró, com 92 (8,43%), e, em terceiro lugar, Parnamirim, com 52 (4,76%). Pela faixa etária, 2 pacientes (0,18%) tinham entre 10 e 14 anos, 1 (0,09%) entre 15 e 19, 5 (0,45%) entre 20 e 29, 9 (0,82%) entre 30 e 39, 34 (3,11%) entre 40 e 49, 78 (7,14%) entre 50 e 59, 127 (11,64%) entre 60 e 69, 242 (22,18%) entre 70 e 79 e 593 (54,35%) com mais de 80 anos. De acordo com o sexo, 517 (47,38%) eram homens e 574 (52,61%), mulheres.

Conclusões

Conclui-se que, entre 2012 e 2022, houve um aumento de 101 (155,38%) óbitos por arritmias e transtornos de condução. Avaliando o perfil de mortes pelas condições, os médicos podem direcionar a investigação diagnóstica, sobretudo, nos pacientes acima de 80 anos e do sexo feminino, os quais representaram o grupo com maior mortalidade, e, a partir disso, estabelecer um tratamento adequado e realizar a prevenção dos possíveis fatores de risco.

Palavras Chave

Arritmias Cardíacas; mortalidade; Fibrilação atrial; bloqueio atrioventricular; taquicardia paroxística

Área

Medicina

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Rio Grande do Norte - Brasil, Universidade Potiguar (UnP) - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

Maria Fernanda Alves Guerra Gomes Cruz, Juliana Marinho de Oliveira Dantas, Maria Eduarda Dantas de Sousa Nóbrega, Bruna Porpino Miranda, Lara Rafaella Mendes Pereira, Lara Lais Bremner, Rafael Alves Guerra Gomes Cruz, João Luiz Patriota Cirne