Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS NO SUS POR ARRITMIAS NAS REGIÕES BRASILEIRAS NO PERÍODO DE 2008 A 2024
Introdução
As arritmias cardíacas são anormalidades na geração e/ou condução do impulso elétrico possíveis de provocarem mudanças no ritmo cardíaco. Assim, vale ressaltar sua clínica variada, desde quadros assintomáticos a sintomas como palpitação, síncope, precordialgia e complicações graves como insuficiência cardíaca, tromboembolismo e parada cardiorrespiratória. Apesar de pouco abordadas, as arritmias representam um sério problema de saúde pública, sendo urgente o diagnóstico e tratamento.
Objetivo(s)
Analisar o perfil epidemiológico das internações por arritmias nas regiões brasileiras no período de 2008 a 2024
Métodos
Estudo ecológico, descritivo e quantitativo, cujos dados de 2008 a 2024 referentes à população das regiões brasileiras foram obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) no DATASUS, acessando a área que aborda sobre a morbidade hospitalar. Foram analisadas estas variáveis: sexo, faixa etária, cor/raça e número de internações.
Resultados
No período analisado, foram registrados um total de 1003541 internações por arritmias no território brasileiro, sendo imperativo destacar que 49,6% das internações ocorreram na região Sudeste, 22,4% na região Sul, 15% na região Nordeste, 9,8% na região Centro-Oeste e 3,2% na região Norte. Ao avaliar a variável sexo, percebe-se uma predominância do sexo masculino no número de internamentos, correspondendo a 51,9% , em detrimento do feminino com 48,1%. Ao investigar as hospitalizações, constata-se que a faixa etária mais atingida foi a entre 70-79 anos, a qual representou 25,3%. Quanto à raça, destaca-se a predominância dos autodeclarados da cor branca (458512), seguidos da cor parda com (272723), cor preta (38289), amarela (8957), indígena (589), além de 224471 internamentos sem informação da raça.
Conclusões
Em suma, vale salientar a relevância da análise do perfil epidemiológico das internações por arritmias, a fim de elaborar ações específicas de saúde baseadas na vulnerabilidade dos segmentos sociais. Nesse enfoque, percebe-se que o sexo masculino, bem como os autodeclarados brancos e a faixa etária de 70-79 anos correspondem aos mais atingidos. Ademais, como já esperado em virtude da grande população, a região Sudeste é a mais atingida. Cabe, ainda, ressaltar as limitações deste estudo pela provável subnotificação de casos, sobretudo, no período pandêmico de 2019-2022, e por, muitas vezes, a arritmia ser interpretada como causa secundária das internações.
Palavras Chave
Epidemiologia; Arritmia; Internações; Regiões
Área
Medicina
Instituições
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Rio Grande do Norte - Brasil, Universidade Potiguar - Rio Grande do Norte - Brasil
Autores
Lucas Diniz Carneiro Leão, Ruth Diniz Carneiro Leão