1º Arritmia Nordeste e III Simpósio Norteriograndense de Arritmia Cardíaca

Dados do Trabalho


Título

SÍNDROME DE LOWN – GANNONG – LEVINE, CONDIÇÃO RELEVANTE APESAR DE RARA. UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Introdução

Síndrome de Lown – Gannong – Levine, é uma cardiopatia congênita autossômica dominante de baixa prevalência, em torno de 1:1.000.000 (~1%) da população mundial. Afeta em igualdade de gênero, a faixa etária entre 20-40 anos quando diagnosticados.
Promovendo a uma arritmia cardíaca, consequente à alteração da normalidade da via de condução do estimulo elétrico cardíaco.
A condução elétrica desta síndrome, se caracteriza por uma via acessória atrio – nodal que liga diretamente o átrio direito pelo nó sinusal, ao ventrículo direito; ou seja, que dispensa o trajeto convencional da condução; devido à ausência da condução decremental, contornando o nó átrio – ventricular (NAV), sem a necessidade de estimula-lo. Resulta em um atalho da condução, denominada via acessório átrio ventricular.
Logo, esta via acessória acarreta a uma pré excitação átrio – ventricular, visto que, é gerado um batimento cardíaco prematuro de rápida condução, de forma reentrante intra- nodal (nó sinusal e via acessória); produzindo uma repolarização ventricular cardíaca veloz.

Descrição do Caso

: Paciente 42 anos, sexo masculino; que buscou continuidade do cuidado pela doença de chagas.
Identificado no eletrocardiograma e detalhado pelo Holter de Julho/2019 a descrição compatível com a Síndrome de Lown Gannong Levine.: “PR curto, ausência de onda delta, presença de extrassístoles supraventriculares isoladas, associada de forma pouco frequente de extrassístoles ventriculares; isoladas, pareadas e bi e trigeminadas; com intervalo QT corrigido > 450ms”.
O paciente teve pouca adesão ao tratamento, no período da pandemia, o mesmo evoluiu com AVC isquêmico, que apresentou transformação hemorrágica; complicação ocasionada por fibrilação atrial. Obteve recuperação sem apresentar sequelas motoras. Contudo, análogo a situação, o paciente está a inadimplir com o seguimento clinico.
Não obstante, a presença de uma via acessória aumenta potencialmente o risco do surgimento de novas arritmias cardíacas ao ritmo de parada cárdio- respiratória, como foi visto por meio do exame complementar e no desenvolvimento do caso clinico relatado.

Conclusões

Conclui-se pela importância da investigação das arritmias cardíacas ao qual, sua identificação e distinção, permite à aplicação adequada no manejo clinico e diagnóstico tal como; a Síndrome de Lown Gannong Levine. Levando à expectação da possibilidade em modificar o prognóstico e melhoria da qualidade de vida do paciente por meio do diagnóstico precoce.

Palavras Chave

Síndrome de Lown-Gannong-Levine; cardiopatia rara; condução elétrica; via acessória; arrtimia cardiaca

Área

Medicina

Instituições

UFRN - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

Gerson Barbosa do Nascimento, Sílvia Barreto de Almeida Rocha, Valciclenio Valerio Pereira da Costa Macedo, Luis Andres Carrasco Garate, Gustavo Guerreiro Gondim Barbosa, Lucas Aurélio Dantas Silva