Dados do Trabalho
Título
RISCO CIRÚRGICO HABITUAL COM DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE BRUGADA TIPO 1: RELATO DE CASO
Introdução
INTRODUÇÃO
O trabalho em questão tem como objetivo principal apresentar o caso de uma paciente que realizou risco cirúrgico para cirurgia de retirada de nódulos mamário, até então sem comorbidades conhecidas de saúde que foi diagnosticada com síndrome de Brugada tipo 1, através de um relato de caso clínico com viés qualitativo e descritivo.
Descrição do Caso
R.M.V.L, 64 anos, sexo feminino, relata não apresentar nenhuma comorbidade de saúde, faz uso de atenolol em momentos de descontrole pressórico que ocorrem ocasionalmente. Fez risco cirúrgico para retirada cirúrgica de nódulo em mama esquerda em clínica cardiológica particular localizado na cidade de Mossoró, negou apresentar sintomatologia de qualquer tipo. Foi medida a pressão arterial de rotina cardiológica apresentando os valores de 130/80 mmHg. Foi então realizado ECG com o laudo: ritmo sinusal e regular, eixo físiológico, alterações de repolarização ventricular na parede septal, sem sobrecargas atriais ou ventriculares, intervalos P-P, P-R e QT regulares, com padrão de síndrome de Brugada tipo 1.
Conclusões
A Síndrome de Brugada (SB) se constitui como patologia pertencente as canalopatias com alta taxa de mortalidade e prevalência. O diagnóstico é feito de forma clínico-eletrocardiográfico, baseado na história de episódios de síncope e ou morte súbita que ocorrem em pacientes com alterações eletrocardiográficas características da síndrome. Ao Eletrocardiograma se apresenta como padrão de bloqueio completo ou incompleto do ramo direito e uma anomalia de repolarização ventricular com elevação do segmento ST maior ou igual a 2 mm e supra do ponto J nas derivações precordiais direitas. O padrão é de semibloqueio do ramo direito não havendo retardo final de condução (onda S) nas paredes laterais alta ou baixa e corresponde a principal causa natural de óbito cardiovascular em pacientes jovens. A SB está mais relacionada ao desenvolvimento de arritmias ventriculares malignas como a taquicardia ventricular polimórfica e fibrilação ventricular. O implante de Cardiodesfibrilador (CDI) é efetivo na prevenção de morte súbita em pacientes de alto risco com sintomas de síncope, história de morte súbita abortada e estudo eletrofisiológico positivo. Também há outras formas de ablação do substrato arritmogênico localizado na via de saída do VD, mas ainda sem indicações específicas. Com relação as medicações anestésicas em pacientes com SB, é importante ter algumas cautelas quanto a indução anestésica em cirurgias de grande porte.
Palavras Chave
Síndrome de Brugada; Eletrocardiograma; arritmia cardíaca; Ablação
Área
Medicina
Instituições
FACENE/RN - Rio Grande do Norte - Brasil
Autores
Fernando Albuerne Bezerra, Lucas Albuerne Diniz Bezerra