Dados do Trabalho
Título
TAXAS DE INTERNAÇÃO POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA POPULAÇÃO BRASILEIRA: UMA ANÁLISE DO PERÍODO 2011-2020
Introdução
A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome caracterizada pela redução do débito cardíaco e da elevada pressão arterial pulmonar e venosa sistêmica, resultando na incapacidade do coração de atender as demandas do corpo. As internações por IC, apesar de demonstrarem quedas ao longo dos anos, ainda são elevadas, o que é preocupante, já que, além de se relacionarem à alta mortalidade, comprometem a qualidade de vida do paciente e geram altos custos ao sistema público.
Métodos
Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e observacional sobre as taxas de internação por IC, no Brasil, entre 2011 a 2020, considerando variáveis como região de residência, sexo e faixa etária. Utilizaram-se dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). O programa usado para análise dos números absolutos e relativos foi o Microsoft Excel.
Resultados
Durante a década analisada, o total de internações por IC foi de 2.163.166, no Brasil. As taxas de internação apresentaram uma tendência decrescente ao longo dos anos, sendo a maior delas do ano de 2011 (aproximadamente 13,27 internações a cada 10.000 habitantes) e a menor do ano de 2020 (aproximadamente 7,43 internações a cada 10.000 habitantes). Apesar do número absoluto de internações ter predominado no Sudeste, as maiores taxas de internação foram da região Sul em todos os anos considerados, enquanto as menores foram da região Norte. Notou-se também que o sexo masculino apresentou maiores taxas de internação no período observado, atingindo seu pico no ano de 2011 (aproximadamente 13,89 internações por IC a cada 10.000 habitantes). A faixa etária com maiores taxas de internação por IC foi a de indivíduos com 80 anos ou mais, seguida por aqueles com idade entre 70 a 79 anos. É válido ressaltar que a baixa taxa de internação por IC no ano de 2020 pode apresentar fatores de confusão devido a pandemia do COVID-19, a qual pode ter afetado os padrões de atendimento hospitalar.
Discussão/Conclusão
Embora o Brasil tenha expressado reduções nas taxas de internação, as mesmas permanecem elevadas, fato que ratifica a importância de ações que busquem prevenir o desenvolvimento da condição. Além disso, a IC teve como característica maiores taxas de internação em homens, indivíduos de idade maior ou igual a 80 anos e residentes da região Sul. Logo, o sistema de saúde deve prezar por medidas de vigilância direcionadas especialmente para esses grupos mais afetados.
Palavras Chave
Brasil; Epidemiologia; Insuficiência Cardíaca; Taxas de internação
Área
Insuficiência Cardíaca
Instituições
FPS - Pernambuco - Brasil, UFPE - Pernambuco - Brasil
Autores
LAURA MACEDO DE CARVALHO MOSCA, GUILHERME HENRIQUE DA SILVA AVELINO