Dados do Trabalho

Título

COMPARAÇÃO DE ANTICOAGULANTES ORAIS DIRETOS E WARFARINA NA FIBRILAÇÃO ATRIAL EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA: IMPACTO NOS DESFECHOS TROMBOEMBÓLICOS E MORTALIDADE

Introdução

A fibrilação atrial (FA) é frequente em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) e aumenta o risco de eventos tromboembólicos. A escolha do anticoagulante é essencial para reduzir esses eventos e a mortalidade. Esta revisão compara o uso de anticoagulantes orais diretos (AODs) versus a warfarina em pacientes com ICFEP e FA, analisando seu impacto na redução de tromboembolismos e na mortalidade, e buscando evidências que possam orientar a prática clínica.

Métodos

Foram consultadas bases de dados como PUBMED, LILACS e MEDLINE usando descritores e operadores booleanos: (Heart Failure, Diastolic) AND (Factor Xa Inhibitors) AND (Warfarin) AND (Atrial Fibrillation). Os critérios de inclusão foram: a) título do artigo; b) comparação entre a eficácia de anticoagulantes orais diretos e warfarina em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada e fibrilação atrial; c) análise de eventos tromboembólicos, controle da fibrilação e mortalidade; d) período de 2014 a 2024. Foram excluídos artigos duplicados, relatos de caso, resumos, livros e artigos fora do escopo.

Resultados

A comparação entre AODs e Warfarina em pacientes com fibrilação atrial e insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada revela que os AODs podem oferecer benefícios significativos nos desfechos tromboembólicos e mortalidade, como uma menor taxa de sangramentos.

Discussão/Conclusão

Foi realizada a comparação entre os AODs, como a edoxabana e rivaroxabana, em relação a warfarina em pacientes com FA e ICFEP. Resultando em 21.105 pacientes elegíveis (≥21 anos, evidência eletrocardiográfica de FA, CHADS2 ≥2) foram randomizados para receber warfarina ou edoxabana, com ajuste de dose, (30mg a 60mg/dia), conforme necessário. Os principais critérios de exclusão incluíram FA devido a causas reversíveis, válvula mecânica, estenose mitral significativa, insuficiência renal grave e expectativa de vida <12 meses. Apesar da warfarina ser o medicamento de escolha por anos no tratamento de FA, os AODs demonstraram-se, no estudo, que não houve diferença estatística entre eles que os AODs são igualmente eficazes na prevenção de eventos trombóticos, no entanto, a edoxabana pode promover menos episódios hemorrágicos em comparação a warfarina. Além disso, o grupo que foi tratado com a edoxabana teve uma menor taxa de mortalidade, mas sem diferença estatística em comparação com a warfarina. Ademais, os AODs tiveram menor necessidade de monitoramento e interações alimentares do que os grupos tratados com warfarina, embora a warfarina ainda seja considerada o padrão ouro os AODs podem ser usados como primeira linha na FA. Os pacientes que foram tratados com rivaroxabana apresentou um risco significativo menor na hemorragia intracraniana em comparação com a warfarina, reafirmando a superioridade dos AODs na prevenção de sangramentos. Os achados reforçam que os AODs é uma alternativa segura e eficaz à Warfarina, especialmente em pacientes com alto risco de complicações tromboembólicas.

Palavras Chave

Insuficiência cardíaca preservada; Fibrilação atrial e Anticoagulantes diretos