32º Congresso Pernambucano de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

O ECOCARDIOGRAMA COM ESTRESSE FÍSICO NO DIAGNÓTICO DE ICFEP: RELATO DE CASO

Introdução

Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica pode apresentar-se durante sua evolução com morte súbita, isquemia miocárdica, limitação funcional devido a obstrução de via de saída do ventrículo esquerdo, fibrilação atrial e disfunção diastólica, podendo progredir para um quadro de insuficiência cardíaca. Métodos hemodinâmicos auxiliam na identificação desse perfil de pacientes, afim de instituir uma melhor terapêutica.

Descrição do caso

Paciente, 44 anos, feminino, previamente hígida, com passado de acidente vascular transitório há 2 anos. Queixa-se de fadiga e dispneia aos grandes esforços de início há alguns meses, com limitação para realização de atividades físicas. Nega síncope, lipotímia, palpitações e dor torácica. Em eletrocardiograma apresentava ritmo sinusal, com desvio de eixo para esquerda, bloqueio divisional ântero-superior e sobrecarga de ventrículo esquerdo (VE). Nesse contexto, realizou um ecocardiograma transtorácico, que evidenciou hipertrofia septal (16 mm) e parede apical, com função sistólica e diastólica cardíaca preservada, sem alterações em contratilidade segmentar. Realizada ressonância magnética cardíaca, que confirmou o diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica com predomínio anterior, sem sinais de obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo. Como paciente ainda muito sintomática, foi realizado um ecocardiograma com estresse físico, evidenciando sinais de piora de função diastólica com elevação das pressões de enchimento diastólico e congestão venosa-pulmonar, mantendo sem sinais de gradiente obstrutivo da via de saída do VE. Desse modo, foi instituído o diagnóstico para insuficiência cardíaca de fração de ejeção preservada com tratamento guiado pelo diagnóstico. A paciente evolui com melhora dos sintomas iniciais e mantém seguimento ambulatorial.

Discussão/Conclusão

Conclusão: A valorização de sintomas não obstrutivos na cardiomiopatia hipertrófica é essencial para o reconhecimento do fenótipo da insuficiência cardíaca de fração de ejeção preservada (ICFEP). O diagnóstico de ICFEP é desafiador e requer evidências de congestão no repouso ou ao esforço físico, além da avaliação dos fatores clínicos e laboratoriais. Dessa forma, os métodos de imagem hemodinâmicos no diagnóstico de ICFEP assumem cada vez mais protagonismo, principalmente por serem não invasivos e amplamente disponíveis.

Palavras Chave

cardiomiopatia hipertrófica; Insuficiência Cardíaca; Diagnóstico Diferencial;

Área

Insuficiência Cardíaca

Instituições

Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

Thayna Almeida Batista, Esthefany Dias Barbosa, Maria Juliana De Arruda Queiroga, Icaro César Soares de Menezes, Carlos Eduardo Lucena Montenegro