32º Congresso Pernambucano de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Mortalidade Proporcional por Infarto Agudo do Miocárdio no estado de Pernambuco: uma análise estratificada de gênero e idade entre 2018 e 2022

Introdução

As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morbimortalidade no mundo atual, com importantes repercussões para os indivíduos e os sistemas de saúde. No Brasil, dentre as patologias que se enquadram nessa categoria, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ocupa um papel significativo nesses casos, sendo responsável por adoecimentos e mortes nos vários estados brasileiros. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo analisar a mortalidade proporcional por IAM dos indivíduos residentes no estado de Pernambuco, estratificando-a por gênero e idade, ao longo de cinco anos.

Métodos

Trata-se de um estudo descritivo que analisou dados secundários sobre mortalidade geral e composição sociodemográfica, extraídos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bem como os números de óbitos por IAM obtidos do DATASUS, referentes à população residente em Pernambuco entre 2018 e 2022. Os dados foram processados utilizando o Microsoft Excel 2407.

Resultados

No período analisado, houve 355.608 óbitos em Pernambuco, dos quais 23.760 foram secundários ao IAM nos moradores do estado, resultando em uma taxa de mortalidade proporcional de 6,68%. Quanto à divisão por gênero, os homens foram a maioria (6,89%) em comparação aos 6,43% das mulheres. Ao analisar a mortalidade por faixa etária ao longo desses cinco anos, observou-se que a maior taxa ocorreu entre os 60 e 69 anos, com 8,74%. Em seguida, destacam-se as faixas de 50 a 59 anos e de 70 a 79 anos, ambas com 8,14%. Por fim, o pico de mortes por IAM foi atingido em 2018, representando 8,91% do total de óbitos no estado.

Discussão/Conclusão

Os resultados deste estudo estão em consonância com as médias nacionais, que evidenciam uma menor mortalidade proporcional por infarto agudo do miocárdio em mulheres em comparação com homens. Essa diferença permanece consistente ao longo de todo o período analisado e é influenciada, segundo a literatura, por fatores como hipertensão arterial, sedentarismo, histórico familiar positivo, tabagismo, dislipidemia, obesidade e diabetes. Além disso, o pico de mortalidade proporcional por IAM ocorreu entre os 60 e 69 anos, embora o maior número de casos esteja na faixa etária dos 70 a 79 anos, indicando que, a partir da sétima década de vida, outras doenças passaram a representar uma maior proporção da mortalidade no período analisado, como as de natureza cerebrovascular destacadas pelas bases epidemiológicas. Percebe-se, portanto, que as doenças cardiovasculares persistem como causas expressivas de morbimortalidade no estado pernambucano, refletindo a tendência mundial. Dessa forma, este trabalho destaca a necessidade de reafirmar as políticas preventivas de saúde pública, a fim mitigar a mortalidade proporcional por IAM em Pernambuco.

Palavras Chave

mortalidade; Infarto agudo do miocárdio; Análise de dados secundários; Taxa de mortalidade

Área

Emergências Cardiovasculares e Intensivismo

Instituições

Faculdade Pernambucana de Saúde - Pernambuco - Brasil, Universidade de Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

Abla Vitórya Nejaim Tenório Xavier, Daniel Gondim Malta, Danielle Mariane Gondim Malta, Davi Ricardo Soares Gama de Amorim, Helena Alessandrine Santiago Quintino, Leticia Cyreno de Albuquerque, Rafael Vieira de Menezes, Tatiany Cíntia da Silva Brito, William Roberto Pereira Barbosa