Dados do Trabalho
Título
ÓBITOS HOSPITALARES E DOMICILIARES POR CAUSAS EVITÁVEIS: AUMENTO NA TAXA DE MORTALIDADE POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES NO ESTADO DE PERNAMBUCO DE 2012-2022
Introdução
A lista de tabulação de óbitos por causas evitáveis entre 5 e 74 anos, publicada pelo CID-10, no âmbito cardiovascular, inclui condições como hipertensão arterial sistêmica, exceto hipertensão secundária, e insuficiência cardíaca e doenças isquêmicas. Portanto, o caráter crônico evidencia a necessidade do contínuo acompanhamento hospitalar e domiciliar, pois, as doenças isquêmicas do coração são as principais causas de parada cardiorrespiratória, levando a um impacto na mortalidade devido às doenças cardiovasculares no sistema de saúde.
Métodos
Trata-se de um estudo epidemiológico, ecológico, descritivo e de caráter quantitativo. A coleta deu-se através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, e disponibilizados eletronicamente pela secretaria de vigilância em saúde do ministério da saúde, no portal do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Dentro das variáveis utilizadas, estão: causas de morte segundo o Capítulo IX do CID-10 e local de ocorrência. Por se tratar de um estudo com dados secundários e efetuado em uma plataforma de domínio público, não foi necessário a aquisição do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e a submissão deste estudo ao Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados
Entre 2012 e 2022, Pernambuco registrou 83.953 óbitos por causas evitáveis relacionadas a doenças cardiovasculares, com um pico em 2016 (8.169 óbitos) e uma redução até 2022 (7.324 óbitos). As doenças isquêmicas do coração foram as principais causas de mortalidade, totalizando 39.898 óbitos, seguidas por doenças cerebrovasculares (26.973) e hipertensivas (12.457). A maioria dos óbitos ocorreram em hospitais (52.273), indicando acesso ao tratamento, mas também a gravidade das doenças ao momento da internação. Além disso, as doenças isquêmicas tiveram um pico em 2019 (4.076), insuficiência cardíaca em 2021 (498) e doenças hipertensivas em 2021 (1.689). Por fim, foi observado que as mortes domiciliares somaram 21.889, revelando possíveis falhas no monitoramento de pacientes crônicos.
Discussão/Conclusão
Diante disso, a análise sugere a necessidade urgente de fortalecer ações de prevenção e manejo das doenças cardiovasculares. O número expressivo e sustentado de óbitos, particularmente entre doenças isquêmicas, ao longo dos 10 anos, sugere a necessidade de atenção contínua às estratégias de prevenção e tratamento para mitigar a mortalidade associada a essas condições.
Palavras Chave
óbitos; Doenças Cardiovasculares; perfil epidemiológico
Área
Medicina
Instituições
Faculdade de ciências médicas AFYA JABOATÃO - Pernambuco - Brasil
Autores
Jeniffer Layane vieira Silva, Ricardo Santana Nascimento, Thaiane Fernanda Marques Barros Bezerra, Ismenia Richelly Silva