Dados do Trabalho

Título

Análise do perfil de morbimortalidade hospitalar por embolia e trombose arteriais em Pernambuco no biênio 2022-2023

Introdução

A trombose e a embolia arterial são condições patológicas de relevância clínica significativa, visto que uma em cada quatro mortes no mundo está associada à formação de trombos. Essas desordens são caracterizadas pela formação de coágulos sanguíneos que podem obstruir a circulação arterial, resultando em desfechos graves, como acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e isquemia de membros. A compreensão dos perfis epidemiológicos associados a essas condições é crucial para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção mais eficazes.

Métodos

Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo de coorte utilizando dados do Departamento de Informações e Informática do SUS (DATASUS) sobre internações hospitalares e outros desfechos cardiovasculares. Foram incluídos pacientes internados por embolia e trombose arteriais no biênio 2022-2023 no estado de Pernambuco. As variáveis analisadas foram: sexo, cor/raça, faixa etária, caráter de hospitalização e número de óbitos. E os resultados são ajustados e refletem as frações da prevalência das variáveis do estudo.

Resultados

No período de referência, ocorreram 2.384 internações por embolia e trombose arteriais. Conforme dados do DATASUS, houve predominância de pardos (2.042; 85,65%) Quanto à faixa etária, houve um maior número de hospitalizações para pacientes com mais de 50 anos (2127; 89,21%), com predomínio na faixa dos 60 a 79 anos com 1349 ocorrências. Ao analisar o gênero, percebe-se que o sexo masculino foi mais impactado (1.236; 51,84%). No que diz respeito ao caráter das internações, 2.237 (93,83%) foram classificados como de urgência. O número de óbitos registrados nesse período foi de 216. Nestes, havia um predomínio do sexo feminino (118; 54,62%). Isso representava uma taxa de mortalidade de 10,28% contra 7,93% dos homens (98 óbitos).

Discussão/Conclusão

Neste estudo, foi delineado um quadro de hospitalizações por embolia e trombose arteriais que evidenciou um perfil epidemiológico marcado por homens, pardos, com mais de 50 anos que receberam atendimento de urgência. Em contrapartida, o quadro de mortalidade tende mais para o sexo feminino, apesar de menor número de hospitalizações, o que se traduz com uma taxa de mortalidade elevada. Diante disso, nota-se a necessidade de se implementar políticas públicas que enfrentem tais fatores de morbimortalidade e que assegurem atenção àqueles mais impactados.

Palavras Chave

Embolia; Trombose; tromboembolismo; Epidemiologia; Pernambuco