Dados do Trabalho
Título
Estratégias anestésicas em pacientes com feocromocitoma: uma revisão integrativa sobre estabilidade hemodinâmica
Introdução e/ou Fundamento
Introdução: O manejo cirúrgico do feocromocitoma (FEO) apresenta desafios significativos devido à liberação paroxística de catecolaminas durante a cirurgia (adrenalectomia), resultando em picos hipertensivos agudos, exigindo um manejo anestésico preciso para resultados bem-sucedidos. Notavelmente, é crucial antecipar a possibilidade de hipotensão, uma vez que o bloqueio alfa-adrenérgico — prática pré-operatória recorrente no manejo cirúrgico do FEO para estabilizar a pressão arterial — pode levar a uma queda pressórica abrupta durante o procedimento. Tal fato deve ser cautelosamente considerado por anestesistas — uma vez que a própria anestesia pode complicar esse cenário de instabilidade hemodinâmica, tipicamente pela exacerbação do quadro hipotensivo.
Objetivo
Objetivo: Avaliar estratégias anestésicas para adrenalectomias em FEO, enfatizando a estabilidade hemodinâmica e os desfechos cardiovasculares em geral.
Materiais e Métodos
Materiais e Métodos: Esta revisão integrativa empregou a estratégia PICO para a seleção de literatura relevante, limitando-se aos estudos publicados nos últimos 10 anos. A pesquisa foi conduzida até março de 2024 nas bases de dados PubMed e BVS, utilizando os descritores “Anesthesia”, “Pheochromocytoma”, “Cardiovascular Disease” e “Hemodynamics”. Dentre os 111 estudos inicialmente identificados, 20 foram selecionados e incluídos nesta revisão, com base em critérios de inclusão estabelecidos a priori.
Resultados
Resultados: Observou-se que, em relação aos impactos circulatórios, a hipotensão intraoperatória foi alta, especialmente com anestesia epidural (EA) e geral-epidural (GE). A GE resultou em maior hipotensão intraoperatória comparada à anestesia geral isolada (88,7% vs. 64,7%). No pós-operatório, a EA esteve associada a uma maior incidência de hipotensão (58,8% vs. 25,0%). Por outro lado, complicações pós-operatórias foram menos frequentes com a GE do que com anestesia geral isolada (6,0% vs. 23,9%). Embora EA e GE tenham benefícios, aumentam significativamente o risco de hipotensão, destacando a importância da monitorização cuidadosa e preparação para gerenciar esses contratempos.
Conclusões
Conclusão: O manejo anestésico ótimo requer equilibrar o controle hemodinâmico intraoperatório e minimizar complicações pós-operatórias por meio de abordagens personalizadas. A atenção especial à hipotensão é imperativa, e pesquisas adicionais, especialmente ensaios controlados randomizados, são necessárias para esclarecer o papel das técnicas anestésicas combinadas na melhoria dos resultados, enfatizando a importância da colaboração multidisciplinar no cuidado cirúrgico do FEO. Palavras-Chave: Feocromocitoma; Anestesia; Hemodinâmica.
Área
Pesquisa Clínica
Autores
GISELLE FERNANDA TENORIO MEDEIROS OLIVEIRA, Levi De Melo Amorim , Arthur Martins Canuto, Thyago Dos anjos Ferreira , Vívian Emanuelle Silva marinho Omena, Gabriel Silva dos Anjos , Gabriel Quirino Lima , Vinicius Santana de Alencar , Alice Andrade Almeida , Annie Lis de Lima , Thomas De Carvalho lima Paiva , Vinicius Rodrigues Albuquerque , Felice Caxico de Abreu Galdino , João Victor Rosedo Campos , Wbiratan De Lima Souza