Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca

Dados do Trabalho


Título

Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada: Impactos Clínicos e Estratégias de Manejo em Pacientes com Comorbidades Associadas

Introdução e/ou Fundamento

A insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP), corresponde a mais da metade de todas as insuficiências cardíacas diagnosticadas e a sua prevalência está em constante crescimento. Tal condição apresenta baixa qualidade de vida com alta intolerância a exercícios, hospitalizações frequentes e aumento da mortalidade. Contudo, apesar da incidência da doença estar elevada, o seu prognóstico vem apresentando piora importante, uma vez que sua fisiopatologia não está totalmente compreendida e os seus recursos para o tratamento não apresentam consenso. É importante ressaltar que o risco de morte em pacientes com ICFEP aumenta de acordo com a carga das comorbidades apresentadas pelo paciente, dentre elas incluindo obesidade, diabetes e hipertensão, associados a idades avançadas. Visto isso, fica claro a necessidade da discussão sobre o tema, tendo em vista que a população atual apresenta aumento das comorbidades e a ICFEP é uma causa tão presente nos dias de hoje e com tantos desafios a serem superados.

Objetivo

Este trabalho tem como objetivo investigar os desafios de diagnóstico e prognóstico e discutir o manejo da ICFEP em Pacientes com Comorbidades.

Materiais e Métodos

 Trata-se de uma revisão de literatura, na qual foram realizadas buscas na base de dados PubMed, entre os anos de 2019 e 2024, com a combinação dos descritores "PRESERVED" EJECTION FRACTION"; "HEART FAILURE" and COMORBIDITIES, com operador booleano "AND". Foram encontrados 74 artigos no total, sem artigos duplicados. Com base na leitura dos títulos e resumos, foram escolhidos 4 artigos que se adequam ao objetivo do trabalho.

Resultados

 Além da alta frequência de diagnósticos "falsos positivos", existe uma grande parcela de pacientes, especialmente idosos, que são diagnosticados de forma equivocada devido à semelhança dos sintomas da ICFEP com o envelhecimento fisiológico e a presença de comorbidades. Tal obstáculo é crítico para um bom prognóstico dos paciente, que apesar de não possuir tratamento específico, atualmente concentram-se em diuréticos, para reduzir a congestão, e recentemente, temos os inibidores do co-transportador 2 de sódio-glicose (ISGLT2) como medicação que melhora sintomas da ICFEP, embora não reduzam a mortalidade. Juntamente a, intervenções no estilo de vida, com práticas de exercício físico assistidas, perda de peso e o manejo das comorbidades associadas, como doença arterial coronariana e fibrilação atrial, vem resultando em um bom desenvolvimento e melhora da morbimortalidade da doença, contudo, se faz necessário a realização do diagnóstico precoce para que a doença não evolua.

Conclusões

Conclui-se que, o diagnóstico precoce, especialmente para os pacientes com idade mais avançada, garante um melhor prognóstico, mesmo que o tratamento para a ICFEP ainda não seja tão específico.   

Área

Pesquisa Básica

Autores

FELICE CAXICO DE ABREU GALDINO, João Victor Rosendo Campos, Alice Andrade Almeida, Yuri Cavancanti Albuquerque Tenorio, Giselle Fernanda Tenório Medeiros Oliveira, Arthur Martins Canuto, Levi de Melo Amorim, Vívian Emanuelle Silva Marinho de Omena, Thyago dos Anjos Ferreira, Vinícius Santana de Alencar, Gabriel Silva dos Anjos, Gabriel Quirino Lima, Annie Lis de Lima Ferreira, Thomaz de Carvalho Lima Paiva, Vinicius Rodrigues Albuquerque